Quando tinha seis para sete anos fiz uma excursão com a escola para uma fazenda no Pantanal. Saímos de Campo Grande de ônibus, e me lembro que tinha uma camerazinha de fotografia chamada “Love”. Tirava até 20 e poucos retratos, que depois seriam revelados numa fotóptica. Para minha surpresa, quase nenhuma foto prestou. A verdade é que já comecei a tirar a maioria das fotos no caminho, com o veículo em movimento. Da janela do ônibus via com muita excitação: estradas de terra, corixos (lagoas), jacarés, árvores retorcidas, coqueiros de guariroba, garças, tuiuiús, araras e
tucanos – queria registrar tudo aquilo na minha maquininha fotográfica. Ficou só na memória.
Depois pegamos um barquinho para chegar na sede da fazenda onde passaríamos o final de semana. Não lembro de muito mais, mas na memória ficou marcado: a pescaria, onde um dos coleguinhas descuidou e espetou um anzol sem isca na minha perna; a duradoura cavalgada; além do rico caldo de piranha que era consumido com pão caseiro, logo cedo. Trinta e poucos anos já passaram e cá estou, contando pra você um pouquinho do que sei e pesquisei sobre o Pantanal. E se quiser aprender receitas da minha pesquisa é só procurar nas livrarias on-line: “cozinha pantaneira: comitiva de sabores” pela editora Bei.
Confira