As investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público da Câmara Municipal de Campo Grande avançam para uma nova fase em maio. Com a conclusão da análise documental e do diagnóstico inicial, será iniciada a etapa de oitivas, na qual especialistas e ex-gestores públicos serão ouvidos.
As sessões foram organizadas para ocorrer, preferencialmente, às segundas e quartas-feiras. Conforme informado pelo presidente da CPI, vereador Dr. Lívio, depoimentos extras poderão ser agendados de acordo com as necessidades da investigação.
A primeira audiência será realizada nesta segunda-feira, dia 28 de abril. Na ocasião, serão ouvidos a engenheira civil Maria Lúcia Mendonça Santos, especialista em mobilidade urbana pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e Gabriel Santos da Silva, usuário do transporte coletivo e especialista em mobilidade urbana e transporte público. Ambos deverão contribuir com análises técnicas e relatos sobre a prestação do serviço.
Em seguida, no dia 5 de maio, será ouvido José Mário Antunes da Silva, atual Diretor-Presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg). Já no dia 7 de maio, o depoimento será prestado por Paulo da Silva, Diretor-Presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AGETRAN).
Dando sequência às oitivas, no dia 12 de maio, dois auditores da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) prestarão esclarecimentos: Giuseppe A. P. Bitencourt, Auditor Chefe de Planejamento, e Luiz Cláudio Pissurno Chaves, Auditor Chefe de Execução.
No dia 14 de maio, a oitiva contará com Luiz Carlos Alencar Filho, fiscal de transporte e trânsito aposentado da Agetran, e Henrique de Matos Moraes, Auditor Chefe da Auditoria.
Posteriormente, no dia 19 de maio, será ouvida Janine de Lima Bruno, ex-Diretora-Presidente da Agetran. Já no dia 21 de maio, o ex-Diretor-Presidente da Agereg, Odilon de Oliveira Júnior, prestará depoimento. Para encerrar a programação do mês, no dia 26 de maio, será ouvido Vinícius Leite Campos, também ex-Diretor-Presidente da Agereg.
De acordo com o vereador Dr. Lívio, esta etapa foi planejada para colher informações técnicas e institucionais. “Nós aprovamos novas datas para ouvir especialistas e agentes públicos que já atuaram em entidades responsáveis pelo transporte coletivo. A ideia é aprofundar a investigação e levantar elementos concretos sobre o contrato e a prestação dos serviços“, destacou.
Além das oitivas, a CPI já recebeu mais de 368 denúncias de usuários sobre irregularidades no transporte público de Campo Grande. As manifestações continuam sendo recebidas de forma anônima pelos canais oficiais da Câmara, como WhatsApp, e-mail e formulário no site institucional.
Com as oitivas programadas, a expectativa é que novas informações sejam adicionadas ao processo de investigação, contribuindo para a análise da concessão do transporte público da Capital.