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MUITA RECLAMAÇÃO

CPI do transporte Público de Campo Grande soma 212 denúncias em 10 dias

A População relata superlotação, má conservação e falhas em linhas e fiscalização. Veja as principais reclamações.

Audiência da CPI do Transporte Público na Câmara de Campo Grande
Câmara tem até 120 dias para entregar relatório final. Foto: Arquivo

População aponta superlotação, frota precária e falhas em linhas e fiscalização

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público, instaurada pela Câmara Municipal de Campo Grande, recebeu 212 denúncias da população entre os dias 25 de março e 4 de abril deste ano. O levantamento foi divulgado pelo presidente da comissão, vereador Dr. Lívio (União Brasil), e revela o volume expressivo de manifestações em apenas 10 dias de funcionamento do canal de ouvidoria.

Os relatos foram enviados por diversos canais disponibilizados pela Câmara para facilitar o contato direto da população com a CPI. Do total de queixas recebidas, 159 chegaram via WhatsApp, 32 por meio de formulários anônimos no site da Casa de Leis, 18 por e-mail, duas por telefone e uma presencialmente.

A CPI foi criada com o objetivo de investigar falhas na prestação do serviço de transporte coletivo em Campo Grande. Segundo o vereador Dr. Lívio, a iniciativa busca ouvir o cidadão e mapear os principais problemas enfrentados diariamente pelos usuários do sistema.

Principais reclamações

Dentre as denúncias recebidas até agora, a superlotação dos ônibus aparece como o problema mais recorrente. Diversos usuários relataram que, especialmente nos horários de pico, os veículos circulam com excesso de passageiros, gerando desconforto e preocupação com a segurança.

Outro ponto crítico destacado nas denúncias é a má conservação da frota. Há queixas frequentes sobre bancos quebrados, falta de ventilação e condições estruturais precárias dos ônibus. O estado dos veículos motivou a CPI a priorizar, em sua primeira linha de investigação, a idade da frota e a regularidade da manutenção realizada pelas concessionárias.

A comissão também identificou denúncias concentradas em linhas e regiões específicas. A linha 138, por exemplo, foi citada por usuários que relatam atrasos constantes, ausência de veículos nos fins de semana e falhas na cobertura de horários.

Regiões como os bairros Moreninha e Jardim Noroeste foram mencionadas como áreas críticas, com escassez de ônibus e tempo de espera elevado.

Há ainda relatos genéricos sobre o sistema de transporte, que, embora não detalhem tecnicamente as falhas, expressam um sentimento generalizado de insatisfação e descaso por parte do poder público e das empresas operadoras.

Canais de denúncia seguem ativos

Os cidadãos que desejarem contribuir com a investigação podem continuar enviando denúncias e sugestões por meio dos seguintes canais:

A CPI do Transporte segue com as oitivas e análises técnicas ao longo das próximas semanas, com previsão de apresentar um relatório conclusivo nos próximos meses.