Desde domingo (5), o trabalho realizado por voluntários no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Tropeiros da Querência, em Campo Grande, já arrecadou mais de 3 toneladas em doações para ajudar para as vítimas da enchente no Rio Grande do Sul.
Entre os principais itens, estão os alimentos não perecíveis, água, ração para animais, calçados, roupas de frio, cobertores e itens de higiene pessoal que são recebidos e armazenados no local, na Rua Miguel Sutil, no Bairro Villas Boas, e estão sendo transportados pelo Sindicato das Empresas de Transporte.
O patrão do CTG, Mario Cavinatto, fala sobre a abertura dos trabalhos durante o final de semana e chama a atenção para o esforço dos mais de 80 voluntários presentes no local.
"A gente se sensibilizou com esse acontecido lá no Rio Grande e nós, como verdadeiros gaúchos e tradicionalistas, fomos instigados para fazer alguma coisa. Começamos domingo esse movimento, já tínhamos alguma coisa, ontem pegou uma dimensão muito boa e hoje vocês estão vendo aí o resultado. Já mandamos o primeiro caminhão ontem com uma tonelada e meia e estamos preparando mais duas toneladas. Tudo só é possível com essas equipes bondosas de voluntários", afirmou.
E entre os voluntários está a corretora de imóveis Renata Lens, que tem familiares no Rio Grande do Sul que não estão nas principais áreas de risco, moram em Santa Maria, mas também foram afetados pelas enchentes. Ela conta que deixou o trabalho assim que soube da movimentação no CTG e fala sobre o sentimento de conseguir ajudar mesmo de longe.
"Eu sou gaúcha, tem seis meses que eu tô aqui em Campo Grande, mas a minha família é todinha de lá. Assim que eu fiquei sabendo do movimento aqui de CTG eu vim, não tem condições de trabalhar, tem que ficar aqui, o coração tá aqui. Minha família mora em Santa Maria e está tudo bem graças a Deus. Agora Santa Maria tá se reerguendo, tá começando a ajudar outras cidades. Queria estar lá, ainda quero estar, mas não posso. O que eu tô fazendo aqui é muito pouco, mas agora o coração tá mais tranquilo por conseguir ajudar de alguma forma", contou Renata.
Outro voluntário é o advogado campo-grandense, José Guilherme. Assim que ele soube da movimentação no CTG, também deixou o trabalho para começar a ajudar.
"É, pelo menos, o que a gente pode fazer né, o mínimo, mas só de estar aqui ajudando e conseguindo encher carreta já ficamos mais tranquilos. Ontem já chamamos algumas pessoas e hoje já triplicou de gente, então tá só aumentando e é bom demais. Hoje eu tô ajudando a descarregar os carros, porque tá fazendo fila. É bom fazer o bem por esse pessoal que está perdendo casa, não ter nenhuma comida e nem roupa, temos que ajudar", disse José.
E Mario Cavinatto, patrão do CTG, afirma que o local ficará recebendo as doações por tempo indeterminado e fala sobre o sentimento de ajudar os irmãos gaúchos apesar da distância.
"Nós estamos aqui de portas abertas, de oito horas da manhã até às oito horas da noite, podendo estender quais os dias que vão ficar. Depende de tudo o que vai acontecer e a medida que o nosso povo aqui tiver nesse gás e na bondade que está, nós vamos trabalhando com o que for possível. Eu tenho conhecidos que estão passando por essa dificuldade lá no Rio Grande do Sul. Tudo que eu posso fazer é continuar trabalhando" concluiu.
Para ajudar, leve as doações até o Centro de Tradições Gaúchas Tropeiros da Querência, localizado na Rua Miguel Sutil, nº 445, no bairro Villas Boas ou entre em contato pelo número 67 99163-5442.
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