Veículos de Comunicação

Ícone

Dama do Rasqueado morre aos 85 anos

Artista sul-mato-grossense tinha mais de 60 anos de carreira e conquistou sucesso nacional

Artista sul-mato-grossense tinha mais de 60 anos de carreira e conquistou sucesso nacional - Foto: Arquivo Pessoal
Artista sul-mato-grossense tinha mais de 60 anos de carreira e conquistou sucesso nacional - Foto: Arquivo Pessoal

Nascida no sul do Estado, no distrito de Vista Alegre, município de Maracaju, Delanira Pereira Gonçalves, mais conhecida como Delinha, faleceu nesta quinta-feira (16), em Campo Grande, na “casinha” onde morava desde a infância. Segundo o filho da artista, João Paulo Pompeu, ela morreu enquanto dormia, de insuficiência respiratória.

A Dama do Rasqueado foi hospitalizada no mês passado devido a crises respiratórias agudas e chegou a ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva por causa de uma pneumonia grave. Delinha se recuperava em casa desde o dia 25 de maio.  

O velório da artista será realizado na Câmara Municipal da capital na tarde de hoje.

Foram mais de 60 anos dedicados à música, sendo a maior parte deles ao lado de Délio, o ex-marido com quem fez dupla.

Desde criança, Delinha já gostava de cantar e, após casar com o primo de primeiro grau, Délio, se mudou para São Paulo, onde em meio aos trabalhos externos se dedicava à carreira musical com apresentações em programas paulistas. Lá, o casal recebeu o nome de “Onças de Mato Grosso”, que depois iria virar tema de um disco.

Foram 20 anos de casamento e, juntos, eles gravaram 14 discos, 19 LPs, 4 CDs e um DVD. A carreira da dupla foi de idas e voltas e terminou com falecimento de Délio em 2010, aos 84 anos.

Delinha continuou na música e, nos últimos anos dividiu o palco com o filho João Paulo.

Durante a pandemia, a artista fez live nas redes sociais para comemorar seu aniversário e, com bom humor, disse que aquele momento complicado iria passar.

A Dama do Rasqueado é considerada um dos ícones da cultura sul-mato-grossense, exaltando a música raiz, e teve a história eternizada em um documentário com o mesmo nome, feito pela diretora cultural Marinete Pinheiro. O filme venceu a Mostra Nacional do Sesc e rodou o País com exibições gratuitas, o que projetou ainda mais o nome de Delinha