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Deam tem mudanças no comando 43 dias após feminicídio de Vanessa Ricarte

Atos publicados em diário oficial alteram a composição da delegacia especializada; mudanças incluem a titular da unidade

Atos publicados em diário oficial alteram a composição da delegacia especializada; mudanças incluem a titular da unidade - Foto: Reprodução/Governo de MS
Atos publicados em diário oficial alteram a composição da delegacia especializada; mudanças incluem a titular da unidade - Foto: Reprodução/Governo de MS

43 dias após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul promoveu uma série de mudanças na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), responsável por investigar crimes de violência doméstica e feminicídio na Capital.

A publicação das portarias no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (27) oficializa a movimentação de ao menos quatro delegadas de polícia. Dentre as alterações, chama atenção a saída de Elaine Cristina Ishiki Benicasa, que ocupava o cargo de titular da Deam.

Ela foi transferida para a Delegacia Geral da Polícia Civil e também foi dispensada da função de confiança que exercia na especializada.

As delegadas Lucelia Constantino de Oliveira e Riccelly Maria Albuquerque Donha, que também atuava na Deam, foram removidas para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac).

Ambas as mudanças ocorreram “a pedido”, segundo os atos publicados, mas estão condicionadas à “conveniência do serviço”.

Para ocupar os cargos vagos, a administração da Polícia Civil designou, “ex-officio”, ou seja, por iniciativa da instituição, as delegadas Laís Mendonça Alves e Cynthia Karoline Bezerra Gomes Tapias, que deixam a Depac e assumem funções na delegacia especializada em atendimento a mulheres vítimas de violência.

A Polícia Civil de MS informou que as trocas não afetarão o serviço da Deam, e que uma nova titular será nomeada em breve pelo Delegado-Geral Lupersio Degerone.

As movimentações ocorreram mais de um mês após a morte de Vanessa Ricarte, que foi assassinada a facadas pelo ex-noivo mesmo após ter registrado boletim de ocorrência e solicitado medida protetiva.

O caso, que ganhou repercussão nacional, levantou questionamentos sobre a efetividade do sistema de proteção às vítimas.