A Câmara Municipal de Campo Grande oficializou, nesta quinta-feira (20), a criação da CPI do Transporte Público. A Comissão Parlamentar de Inquérito vai investigar possíveis irregularidades na prestação do serviço de transporte coletivo urbano, operado pelo Consórcio Guaicurus.
Após dez tentativas frustradas nos últimos anos, a abertura da CPI foi aprovada e terá duração de 120 dias. Entre os pontos que serão analisados estão a qualidade da frota, a aplicação dos subsídios concedidos pelo município e a fiscalização do serviço por parte da Prefeitura e das agências reguladoras.
Composição da CPI
O vereador Dr. Lívio (União Brasil) será o presidente da comissão, enquanto a relatoria ficará com a vereadora Ana Portela (PL). Também integram o grupo os vereadores Luiza Ribeiro (PT), Junior Coringa (MDB) e Maicon Nogueira (PP).
Segundo Dr. Lívio, a composição da CPI foi definida por meio de um acordo entre os partidos, garantindo a participação de diferentes frentes políticas.
“Era um pedido da população há décadas, temos que comemorar isso, mas isso traz esse peso de responsabilidade e trazer o resultado que o usuário espera”, afirmou.
Autor do requerimento que viabilizou a abertura da CPI, o vereador Junior Coringa destacou a importância da investigação e garantiu uma atuação rigorosa. “Vamos buscar trazer à tona tudo o que está obscuro nesse contrato”, disse.
A relatora da CPI, vereadora Ana Portela, explicou que um dos focos da comissão será a qualidade do serviço oferecido à população. “A frota, a morosidade do sistema e a falta de estrutura nos pontos de ônibus são algumas das reclamações que precisamos apurar”, pontuou.
Pontos de investigação
Entre os principais alvos da CPI estão:
- A conservação e idade da frota nos últimos cinco anos;
- O impacto dos subsídios concedidos pelo município ao Consórcio Guaicurus;
- O acompanhamento e fiscalização do serviço por parte da Prefeitura e das agências reguladoras, especialmente após o Termo de Ajustamento de Gestão assinado com o Tribunal de Contas do Estado em 2020.
Para o vereador Maicon Nogueira, a instauração da CPI representa um avanço após anos de tentativas frustradas. “A população sofre com tarifas caras e um serviço precário. Agora, teremos a chance de abrir essa ‘caixa-preta’ do transporte público e dar respostas à sociedade”, enfatizou.
O presidente da Câmara, Epaminondas Neto, o Papy, manifestou apoio à CPI e garantiu que o Legislativo dará suporte ao trabalho dos membros da comissão. “Essa não é uma CPI contra ninguém, mas sim uma investigação para Campo Grande. O mais importante é trazer transparência e respostas à população”, declarou.
*Com informações da Câmara Municipal de CG