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Dengue e chikungunya avançam em MS, que já soma quase 4 mil casos confirmados em 2025

Foto:  41330/Pixabay
Foto: 41330/Pixabay

Mato Grosso do Sul chegou à 14ª semana epidemiológica de 2025 com 2.891 casos confirmados de dengue e 1.230 de chikungunya, segundo boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde.

Ao todo, o estado já registra 7.646 casos prováveis de dengue e 5.738 de chikungunya, com um total de oito mortes confirmadas — sete pela primeira doença e uma pela segunda.

O cenário acende um alerta, sobretudo no interior. Os municípios de Figueirão, Itaquiraí e Jateí aparecem com alta incidência de dengue nos últimos 14 dias. Já os óbitos foram registrados em Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã e Coxim, três deles em pessoas com comorbidades como hipertensão e diabetes.

No caso da chikungunya, o único óbito confirmado até agora foi em Dois Irmãos do Buriti, em um paciente de 84 anos. O número de gestantes infectadas também preocupa: já são 12 casos confirmados em grávidas.

Vacinação avança, mas cobertura segue desigual

Desde o início do ano, Mato Grosso do Sul recebeu 241 mil doses da vacina contra a dengue, das quais 156 mil foram aplicadas em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos — faixa etária com maior índice de hospitalização por dengue. O esquema prevê duas doses com três meses de intervalo.

Apesar da campanha, os dados apontam baixa cobertura vacinal em cidades maiores, como Campo Grande (35% de D1 e 15% de D2) e Dourados (30% e 25%), enquanto municípios menores, como Eldorado e Novo Horizonte do Sul, já ultrapassaram 90% na primeira dose.

Municípios com maior incidência

Pelos dados oficiais, Jateí, Selvíria, Figueirão, Japorã e Paraíso das Águas lideram o ranking de incidência de dengue, com mais de 2 mil casos por 100 mil habitantes. Em relação à chikungunya, os maiores índices estão em Jateí, Glória de Dourados, Sonora, Terenos e Maracaju, todos com mais de mil casos por 100 mil habitantes.

Além da vacinação, o combate ao Aedes aegypti — mosquito transmissor das duas doenças — passa pelo controle vetorial. Monitoramentos com armadilhas (ovitrampas) mostram altos índices de infestação em Ponta Porã, Maracaju, Itaquiraí, Nova Alvorada do Sul e Guia Lopes da Laguna, o que reforça a necessidade de ações contínuas de vigilância e eliminação de criadouros.

*Com informações do Governo de MS