O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que se licenciou do mandato na Câmara dos Deputados para morar nos Estados Unidos. Segundo ele, o objetivo é buscar punições internacionais contra aqueles que considera responsáveis por violações de direitos humanos no Brasil.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar justificou a decisão afirmando que seu mandato estaria sendo usado como “cabresto” para impedi-lo de atuar politicamente.
“Seria mais confortável ficar quieto, recebendo um excelente salário e fingindo defender os paulistas e meus irmãos brasileiros, do que enfrentar esse sistema covarde e desumano. Mas eu aceitei esse chamado para defender os valores da nossa civilização“, declarou.
Eduardo Bolsonaro também direcionou críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a quem acusou de perseguição política. “Focarei 100% do meu tempo nessa única causa: fazer justiça“, afirmou. Ele ainda disse que o pedido de apreensão de seu passaporte, feito por parlamentares do PT, foi um dos motivos que o levaram a permanecer nos Estados Unidos.
Fora do Brasil
A licença ocorre em um momento em que Eduardo Bolsonaro era cotado para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o que vinha sendo contestado pelo PT. Em seu lugar, ele defendeu que o cargo fique com o deputado Zucco (PL-RS), nome ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Essa é a quarta viagem do parlamentar aos Estados Unidos em 2024. No início do ano, ele esteve no país ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para acompanhar a posse de Donald Trump como presidente.
Eduardo Bolsonaro não estipulou prazo para seu retorno ao Brasil e afirmou que sua permanência nos EUA será focada em “expor os abusos” cometidos no país. “Só retornarei quando Alexandre de Moraes estiver devidamente punido pelos seus crimes e pelo seu abuso de autoridade“, concluiu.