A abertura do ano legislativo na Câmara de Vereadores de Campo Grande foi marcada por discursos e manifestações. O evento contou com a presença da prefeita Adriane Lopes, do vice-governador José Carlos Barbosa e da senadora Tereza Cristina (PP).
O vereador Jean Ferreira (PT), foi o primeiro a se pronunciar. Ele fez apelo pela defesa das minorias, mencionando Vanessa Ricarte – vítima de feminicídio na última quarta-feira (12). O cerimonial da Casa fez uma homenagem à Vanessa e a outras mulheres vitimas de feminícidio, com um minuto de silêncio.
Em seu discurso, a prefeita Adriane Lopes ressaltou a necessidade de respeitar a independência entre os poderes e a busca por uma relação harmoniosa. Adriane também afirmou em seu discurso que foi à Brasília para tratar a questão das mães atipicas. Já o vice-governador Barbosinha comprometeu-se a continuar apoiando as ações da prefeitura, destacando a colaboração entre o governo estadual e o municipal em diversas áreas, como infraestrutura.
O presidente da Câmara, Papy (PSDB), comentou sobre a necessidade de manter uma Casa produtiva, onde a diferença de opiniões é natural, mas sempre em um debate respeitoso. Ele ainda anunciou que as comissões permanentes, incluindo a cobiçada CCJ, seriam definidas já na sessão seguinte.
Manifestação
Durante a cerimônia, um grupo de mães de crianças com deficiência se manifestou exigindo o fornecimento regular e adequado de dietas nutricionais especiais e fraldas.
Para conseguir fornecimentos dos insumos, as mães devem entrar com ação judicial. A Justiça Estadual deferiu uma liminar para que a Prefeitura de Campo Grande seja obrigada a fornecer itens básicos para os cuidados e alimentação das crianças ou adolescentes com deficiência física e intelectual.
A Prefeitura fornece alimentos e fraldas, mas há questionamentos sobre a regularidade desse atendimento e a qualidade dos produtos entregues.
A prefeita Adriane Lopes também mencionou as reivindicações das mães durante sua fala, destacando os esforços do Executivo Municipal em atender as necessidades das crianças, mas lembrando que é essencial buscar também o apoio da União para resolver a questão de forma mais ampla. Para isso Adriane afirmou que foi à Brasília e que agora as mães não precisarão judicializar seus pedidos.
Nossa equipe entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber o retorno sobre a situação das mães e como foram as tratativas em Brasília, mas, até o momento, não houve retorno.