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Dois filhotes de gatos-palheiros, um deles raro, recebem cuidados intensivos no CRAS

Os animais foram encontrados na região de Miranda, atingida pelos incêndios florestais, por uma equipe do Corpo de Bombeiros

O gato melânico, condição genética considerada rara, apresenta padrão de pelagem totalmente preto - Foto: Reprodução/ Governo de MS
O gato melânico, condição genética considerada rara, apresenta padrão de pelagem totalmente preto - Foto: Reprodução/ Governo de MS

Dois filhotes de gatos-palheiros, um deles considerado raro, recebem cuidados intensivos no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) em Campo Grande. Segundo a coordenadora do CRAS, Aline Duarte, a dieta dos felinos deve mudar conforme eles crescem, quando serão introduzidos alimentos sólidos, como carne.

Aline, que também é gestora do Hospital Ayty, referência na América Latina para o atendimento de animais silvestres, explicou que um dos filhotes é um animal raro. Trata-se de um gato melânico, uma condição genética que pode ocorrer esporadicamente em alguns animais, resultando em uma pelagem totalmente preta.

No CRAS, os gatos-palheiros ainda receberão um treinamento essencial de caça, fundamental para garantir um eventual retorno ao habitat natural.

Os animais foram encontrados na região de Miranda por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Ainda na região pantaneira, eles foram examinados por uma equipe de veterinários do Ibama.

Recentemente, o CRAS também acolheu dois lobinhos, com apenas duas a três semanas de vida, resgatados após um incêndio em Dourados. A Guarda Municipal localizou os filhotes e os entregou à Polícia Militar Ambiental, que os levou ao Hospital Ayty. No centro, eles passaram por exames clínicos detalhados para assegurar seu bem-estar.

Além dos lobinhos e dos gatos-palheiros, o CRAS está cuidando de um filhote de veado-catingueiro, resgatado durante um incêndio na Aldeia Alves de Barros. “As equipes do Hospital estão sempre prontas para realizar o atendimento. Temos um hospital preparado e avançado, capaz de proporcionar acolhimento seguro para esses animais”, explicou André Borges, diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Anualmente, o CRAS acolhe cerca de 2.500 animais, principalmente aves, mas também mamíferos e alguns répteis.