Policiais civis do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) já iniciaram a investigação sobre o que teria provocado a pane no helicóptero da Casa Civil Militar, do Governo de Mato Grosso do Sul, que caiu em Campo Grande nessa quinta-feira (18).
Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, titular do Dracco, a experiência do militar que pilotava a aeronave foi fundamental para salvar a tripulação. "Nós temos um relato do comandante de que fazia um voo aqui nas proximidades do aeródromo, da rotina da unidade que opera aeronave. E ele teve uma pane de motor por conta disso, pra preservação das vidas, entrou num voo de emergência que é denominado alta rotação e conseguiu trazer a aeronave ao solo sem maiores consequências", explica a delegada.
Quatro militares estavam a bordo, sendo dois pilotos (coronéis da PM) e dois passageiros que não tiveram a patente informada. Três saíram ilesos e um deles teve ferimentos leves, sendo atendido ainda no local pelo Corpo de Bombeiros, instantes após o acidente. Ele foi encaminhado para o hospital dos servidores públicos estaduais.
Nesta sexta-feira (19), técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), vão periciar o local do acidente e recolher os materiais. Já a investigação do Dracco envolve trabalhos da Polícia Judiciária a partir da Operação Ícaro.
OPERAÇÃO ÍCARO
Há quase uma década, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Dracco, em parceria com a Agência Nacional de Aviação (Anac), realiza a operação denominada Ícaro. É uma iniciativa pioneira no país para ajudar a esclarecer as causas de acidentes aéreos ocorridos no estado, combater crimes aeronáuticos ou mesmo retirar de circulação empresas que atuam de forma irregular no setor da aviação.
Desde outubro de 2015, foram realizadas mais de 40 fases da operação envolvendo cerca de 200 aeronaves sob investigação.
"Sempre que nós temos sinistros aéreos aqui, ou panes, nós colaboramos com essa expertise, que é pioneira de uma polícia judiciária no país, para contribuição do entendimento do nexo causal dos acidentes, já que a questão do Cenipa fica em hipóteses e recomendações (para pilotos, empresas aéreas, agência reguladora, etc.). No nosso caso, é a elucidação do que de fato aconteceu no sinistro em si", explica a delegada.
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