O Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran) iniciou nesta semana a inclusão de drones na fiscalização do trânsito nas ruas de Campo Grande. Por enquanto, um aparelho está em fase de testes e auxilia na fiscalização dos agentes nas principais vias da cidade, mas novos equipamentos já foram solicitados e a ação será expandida também para os bairros da capital. O objetivo da fiscalização é reduzir o índice de acidentes no trânsito, que já totalizam mais de 2,2 mil registros em 2024.
As ações serão realizadas em caráter educativo e focadas nos principais pontos considerados sensíveis da capital, como áreas de grande concentração de veículos e pessoas e áreas escolares. Como explica o tenente-coronel Augusto, comandante do BPMTran.
"Com o drone nós pretendemos coibir também as infrações ligadas as regras de circulação de veículos e que potencialmente podem ocasionar acidentes, como ultrapassagens em locais inadequados, conversões em locais proibidos, uso de celular durante a condução do veículo e passagens em sinal vermelho, por exemplo. Nós queremos que as pessoas se sintam fiscalizadas nessas vias com o drone e corrijam a postura no trânsito".
A tecnologia permite que um policial fiscalize até cinco quarteirões e, detectada uma infração, o agente pode identificar a placa do veículo por meio das imagens do drone e encaminhar a autuação para a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), que certifica que a multa seja emitida ao condutor.
Nesta primeira semana o BPMTran orientará a população sobre essa nova forma de fiscalização para que na semana seguinte, a partir do dia 8 de abril, inicie as autuações.
A novidade foi recebida com otimismo por alguns dos motoristas, como o aposentado Olivan Rigon e o contador Wilker Silva.
"Eu acho que é melhor, né, porque não tem mais como andar, né, ninguém respeita, o motoqueiro principalmente. E as pessoas são muito mal-educadas também no trânsito, sem educação, não dão a vez, eu acho que vai ser bom isso, melhor para a cidade, melhor para as pessoas, melhor para os motoristas no dia a dia", contou Olivan.
"Eu acredito que vai ser bom ter essa fiscalização. No centro aqui o pessoal até respeita um pouco porque tem uma fiscalização mais aparente, mas o problema mesmo está nos bairros, lá tem bastante infrações, o pessoal comete bastante infrações. Então eu acho que isso deveria ser expandido para os bairros", disse Wilker.