Visando auxiliar o produtor na busca por conhecimentos de mercado pecuário e as vantagens de se produzir animais cada vez mais precoces, a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Novilho Precoce (Novilho Precoce MS) promoveu hoje (05), durante a Expogrande 2024, um encontro com o tema “Pecuária em foco: mercado, gestão e política”. A meta foi debater as estratégias para passar por períodos de desvalorização do preço do gado, como a própria gestão da mão de obra, outro grande gargalo do setor, e o atual cenário da política brasileira, com seus bastidores e como ela influência no agronegócio.
O objetivo do evento, que reuniu mais de 300 pessoas, foi atualizar os conhecimentos e levar informações sobre as novas normas do programa Precoce MS da Secretaria de Estado de Meio Ambiente Desenvolvimento Ciência Tecnologia e Inovação (Semadesc).
O gerente de confinamento do Grupo Guarujá, Thiago Duque, participou do evento e falou sobre a experiência.
"Eu acho que todo pecuarista tinha que participar do encontro, porque aqui você está enxergando como é o cenário e o que está acontecendo hoje no mercado. Então, ele está mostrando essa perspectiva e o que a gente sempre bate na tecla, que é o ciclo pecuário, que ele acontece todo ano e ele está acontecendo novamente. Todo mundo tem que fazer o dever de casa. Como o Rogério disse durante a palestra, você tem que saber quanto está custando a sua produção dentro de casa para você poder fazer uma trava e para você fazer a coisa certa lá na frente", disse.
Entre os palestrantes desta manhã, estava Rogério Gourlart, editor da Carta Pecuária, o presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão, e o veterinário e especialista em gestão de pessoas no agronegócio, Rogerio Perez, que falou sobre a introdução e manutenção dos jovens no campo e como fazer para estimular essa mão-de-obra a se estabelecer e se manter no meio rural.
"Eu vim aqui hoje falar sobre o desafio da mão de obra no campo e do desenvolvimento de liderança. Nós sabemos que dentro de uma indústria a céu aberto, como são as nossas fazendas, é muito importante que a gente tenha um alinhamento e uma comunicação extremamente efetiva para a gente garantir que as tarefas sejam realizadas de acordo com o que realmente a gente deseja. Então para isso é muito importante que os proprietários, os gerentes se desenvolvam como líderes para que consigam estimular e realmente a manter essas pessoas engajadas dentro do objetivo do projeto", explicou Perez.
O presidente da Novilho Precoce MS, Rafael Gratão, falou sobre o momento do mercado no agronegócio e a expectativa com a Expogrande 2024.
"A expectativa é muito boa, a gente está bem motivado com essa feira, com muitos expositores, muita empresa, muito produtor querendo saber o que vem de novidade no mercado. A gente está num período um pouco ruim de preços de produtos nossos, mas aqui na exposição a gente vai ver cenários e caminhos para a gente melhorar esse resultado e temos certeza que o futuro para frente aí vão ter melhores preços. A gente está vindo de um 2023 com recorde de abate, 2024 também vamos ter recorde de abate, mas um recorde de abate com animais melhores, mais produtivos, entregando mais produtividade para o produtor", concluiu Gratão.
Ao final, o encontro ainda contou com uma mesa redonda e participaram do debate a senadora Tereza Cristina (PP), o deputado federal Marcos Pollon (PL), a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), Nilson Leitão, presidente do Instituto Pensar Agro e Consultor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Marcelo Bertoni, presidente do Sistema Famasul, Rafael Gratão presidente da Novilho Precoce MS e Guilherme Bumlai, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul).
*Com informações da assessoria Semades e Novilho Precoce MS