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Álbum Da Copa

Em 5 horas banca vende mais de 20 mil pacotes de figurinhas

Febre entre as gerações, envelopes esgotaram em várias bancas e lojas da capital

Febre entre as gerações, envelopes esgotaram em várias bancas e lojas da capital - Foto: Isabelly Melo/CBN CG
Febre entre as gerações, envelopes esgotaram em várias bancas e lojas da capital - Foto: Isabelly Melo/CBN CG

Lançado oficialmente no dia 19 de agosto, o álbum de figurinhas da Copa do Mundo 2022 já é febre entre crianças, jovens e idosos, não importa a idade, sexo e nem mesmo o contato direto com o esporte, a saga pelas figurinhas está movimentando o bolso dos colecionadores e as bancas da capital.

A semana foi de procura intensa pelos envelopes, que esgotaram no último fim de semana e deixaram bancas tradicionais por venderem figurinhas nesse período sem nada.

A previsão era de que o novo carregamento chegasse na quarta, mas um problema na logística, segundo o proprietário da Banca Elite, Geovani Viegas, fez o item desembarcar em Campo Grande somente nesta sexta-feira (02).

Procura já era intensa antes do lançamento, segundo Daniel Magalhães, proprietário da Banca Modular

Em poucos minutos após o anúncio de que estavam nas bancas, a procura começou. A movimentação era nítida por quem passava pela Banca Elite, na R. Maracaju 1427, e principalmente na Banca Modular, na R. Antonio Maria Coelho com a R. 25 de Dezembro.

Daniel Magalhães, proprietário da Modular, recebeu cerca de 20 mil envelopes nessa manhã, a banca abriu às 8h e menos de 5 horas depois, no início da tarde, já não restava um pacotinho sequer.

“Tudo acabou até 13h. É criança gastando dinheiro do lanche até idoso deixando a aposentadoria aí”, destacou Daniel.

E realmente não deu pra quem quis, o estudante de 11 anos, Lucas Demenciano, começou a colecionar no último sábado e chegou à banca perto das 16h com o avô para renovar os jogadores, mas já era tarde demais para conseguir ao menos um envelope.

Lucas tem esperança de conseguir completar o álbum antes da Copa

“Não tem mais agora, já é a terceira banca que fomos e nada”, contou ele e o avô, que não se identificou.

Quem também chegou tarde, mas garantiu os pacotinhos novinhos em folha através da reserva pelo WhatsApp foi o pai de dois filhos, Marcio Flávio. Aos 43 anos, ele financia o novo hobby do filho de 12 e da filha de 10 anos.

“A última Copa eles desanimaram, não foram até o final, aí essa agora eles estão mais animados. Vamos ver se eles vão conseguir”, comentou. Para não se complicar no orçamento, a saída para os filhos é a troca na escola, que segundo Marcio virou febre.

“Na escola virou febre, todo mundo tem. Eu vi que pra fechar o álbum, se não acertar toda, dá em torno de R$ 540 pra fechar cada, lá em casa são dois, então vai dar uns mil reais se a gente der sorte”, disse rindo.

Fila permaneceu intensa, principalmente no horário do almoço

Até agora, o pai gastou cerca de R$ 400 com os dois filhos, uma média que passa longe do esperado para completar o álbum. O custo para completar, sem pegar nenhuma repetida fica em R$ 536, o que é praticamente impossível. Pegando repetidas e trocando com a galera, o valor médio calculado por economistas pode chegar até R$ 3.865, ou seja, quase duas vezes a renda média mensal do país, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na última semana a movimentação também foi intensa, mas segundo ele motivada principalmente pelo feriado em comemoração ao aniversário de 123 anos de Campo Grande. Para os próximos dias, Daniel espera que o fervor pelo item continue, no entanto, oscilando conforme o início da Copa, em 20 de novembro, se aproxima.

“São as ansiedades, né. É o pico do lançamento, depois a galera começa a ter mais troca, começa a comprar álbum e já fica satisfeita, mas daí quando a Copa começa, começa tudo de novo porque tem a galera que resolve entrar no embalo”, pontuou.