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Em julho, quem ganha salário-mínimo precisou trabalhar 101 horas para comprar cesta básica na Capital

Na comparação com o mês anterior, grupo de alimentos teve alta. Tomate lidera encarecimento

O trabalhador que ganha salário-mínimo precisou dedicar 101 horas de serviço para comprar uma cesta básica em julho na Capital, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Na comparação com o tempo estimado no mês de junho, houve estabilidade, porém na métrica a partir do mês de maio, houve aumento de 4 horas e 9 minutos.

Isso significa que para comprar a cesta individual com valor médio de R$ 479,79, o trabalhador precisou gastar 49,6% do salário-mínimo, ou seja, quase a metade de toda a renda para quem ganha apenas um salário. Em 2020, o valor do conjunto de alimentos já registra alta de 6,6%. Na comparação com mesmo período do ano passado, o encarecimento é de 14,2%. O valor da cesta básica familiar para quatro pessoas ficou em R$ 1.439,37.

Vilões e mocinhos

Desta vez o tomate foi o protagonista da alimentação no quesito encarecimento com alta de 14,35% e preço médio de R$ 2,71 por quilo. Outros alimentos que também registraram grande variação de um mês para o outro foram: banana (8,20%), leite integral (6,50%), óleo de soja (6,22%), café (0,82%) e carne bovina de primeira (0,23%).

Vilão dos preços no ano passado, o feijão carioquinha liderou a baixa nos preços com redução de 6,69% no valor cobrado dos consumidores. Integram a lista das baixas a manteiga (-5,32%), farinha de trigo (-3,57%), arroz (-2,31%), açúcar (-1,84%), pão francês (-0,45%) e batata (-0,32%),

Cenário nacional

No recorte nacional entre as capitais, Campo Grande tem a 7° cesta básica mais cara do país. Curitiba ocupa o 1° lugar (R$ 526,14); São Paulo o 2° lugar (R$ 524,74); Florianópolis o 3° (R$ 522,03); Porto Alegre o 4° lugar (R$ 511,22); Rio de Janeiro o 5° lugar (R$ 505,72) e Vitória o 6° lugar (R$ 484,80).