Com o contrato com a prefeitura vencido desde o mês de julho, a Santa Casa de Campo Grande segue prestando serviços ao município por meio de aditivos, sem o reajuste de valores, situação que contribui para a manutenção do déficit financeiro do hospital.
A expectativa da presidente da Santa Casa, Alir Terra, é a de que o contrato seja assinado ainda no início de 2025. No entanto, ela garante que dessa vez o hospital vai negociar os termos da contratualização e os valores dos serviços com foco na redução do déficit financeiro da instituição.
Há décadas o hospital vem sendo remunerado pelos serviços prestados com base em tabelas do Sistema Único de Saúde (SUS) bastante defasadas.
Além disso, serviços com baixa ou quase nenhuma rentabilidade vêm sendo suportados pela Santa Casa por força de contratos mal elaborados sob o ponto de vista comercial, o que acaba contribuindo para a manutenção do déficit.
Dessa vez, a Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora do hospital, busca a formalização de contrato com a prefeitura sem esses gargalos.
Para tanto, todos os serviços hoje prestados – assim como novos que porventura venham a ser contratados – estão sendo profundamente analisados.
A iniciativa visa garantir o reequilíbrio econômico e financeiro do hospital, que nos últimos anos chegou a apresentar déficit mensal de R$ 13 milhões, hoje reduzido para R$ 9 milhões.
Apesar de ser uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, a Santa Casa de Campo Grande é de caráter privado e deve ser gerido como uma empresa.
A maior parte de seu faturamento está alavancada em recursos públicos, sendo o município de Campo Grande o seu principal cliente.
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