O Brasil registrou a sua maior safra de trigo da história em 2022, com cerca de 10 milhões de toneladas. Em reunião com o grupo da pesquisa e de transferência de tecnologias da Embrapa Agropecuária Oeste, o chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, discutiu sobre as ações que ajudarão o Brasil a ser autossuficiente em trigo em menos de cinco anos.
Segunda Jorge Lemainski, o objetivo é demonstrar que o trigo é uma oportunidade que pode dar dinheiro para o agricultor, complementar à cultura da soja melhorando a estrutura do solo, reduzindo plantas invasoras, além de diminuir o custo de produção da soja.
Em primeiro momento serão instalados diferentes métodos de avaliação e validação de materiais modernos para o cultivo do cereal que possuam características favoráveis para as regiões do Brasil. Além de Mato Grosso do Sul, serão instaladas em Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.
No âmbito técnico, seja no sequeiro ou no irrigado, haverá a demonstração de boas práticas agronômicas para o trigo durante três safras, iniciando em 2023.
Primeiro será definido em que solo serão inseridos os materiais genéticos da cultura. Após a definição do solo, que deve ocorrer a partir de março, entra em questão temas acerca da época de plantio, vigor e germinação, passando pelos aspectos dos tratos culturais como adubação de cobertura, avaliações sanitárias, com ênfase nas doenças, chegando na fase da colheita.
Segundo o chefe-geral da Embrapa Agropecuária do Oeste, Harley Nonato de Oliveira, o entendimento técnico ajudará na compreensão das diferentes necessidades das regiões do Mato Grosso do Sul, além de subsidiar a implementação de políticas públicas que favoreça à consolidação do trigo e de outros cereais de inverno como uma opção para diversificação de culturas.
(Com informações/Embrapa)