Um empresário de Dourados que atua no ramo de transportes foi preso nessa quarta-feira (9) por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas na região de fronteira do Brasil com o Paraguai em Mato Grosso do Sul. A prisão foi realizada pela Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), no município de Ponta Porã no âmbito da Operação Hórus/Programa Guardiães.
Em Dourados, dois mandados de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos pela Defron na Vila Cuiabá e no Jardim São Pedro. Os mandados foram cumpridos no endereço residencial e comercial do empresário, onde foram apreendidos aparelhos celulares, dispositivos eletrônicos e documentos.
O suspeito de 44 anos de idade não foi encontrado durante as buscas em Dourados. O empresário só foi localizado e preso por volta das 16h perto do anel viário do município de Ponta Porã com apoio da Seção de Investigações Gerais (SIG) da cidade e da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Os investigadores descobriram que a intenção do empresário era se esconder no Paraguai. No entanto, a ação teria frustrado o suspeito que foi conduzido para sede da Defron, no município de Dourados, onde foi interrogado e indiciado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.
Entenda o caso
As investigações contra o empresário tiveram início em julho deste ano e tomaram corpo após apreensão de 5,620 toneladas de maconha, em setembro de 2022, no município de Dourados.
A operação conjunta foi desenvolvida pela Defron e pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF).
Na ocasião um homem de 46 anos de idade que conduzia um caminhão “caçamba”, marca/modelo Mercedes Benz/L 1620, na cor branca, carregado aparentemente com areia, foi interceptado pelos policiais. Na carga, embaixo de uma fina camada do material, eles encontraram o entorpecente.
O motorista foi autuado em flagrante pela Defron pelo crime de tráfico de drogas e as investigações continuaram para averiguar detalhes sobre o empresário que contratou o condutor.
Conforme apurou a polícia, descobriu-se que o mesmo empresário utilizava sua firma de transportes para trasladar o entorpecente de Ponta Porã até Dourados, para depois seguir viagem para outros Estados da Federação.
Ainda segundo a polícia, o grupo criminoso utilizava geralmente o mesmo “modus operandi”, que consistia em transportar várias toneladas de maconha em caminhões “caçambas” escondidas embaixo de uma fina camada de areia, pedra e restos de asfaltos, para dificultar a fiscalização das forças policiais.