Veículos de Comunicação

SUSTENTABILIDADE

Estudos ambientais em Bonito e mercado de carbono são destaques no II Fórum de Mudança Climática

Primeiro dia do evento reuniu autoridades e pesquisadores na área de sustentabilidade e transição energética

Governador Eduardo Riedel durante mesa redonda sobre transição energética e mercado de carbono
Governador Eduardo Riedel durante mesa redonda sobre transição energética e mercado de carbono | Foto: Divulgação/Governo de MS

Campo Grande sedia, nesta semana, o II Fórum de Mudanças Climáticas, um evento que reúne especialistas, pesquisadores e lideranças políticas para debater ações concretas no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção da sustentabilidade em Mato Grosso do Sul. A abertura, realizada na quarta-feira (27), contou com a participação do governador Eduardo Riedel (PSDB), que reforçou o compromisso do Estado com a meta de ser Carbono Neutro até 2030.

Durante o evento, Riedel destacou que o desenvolvimento sustentável é uma prioridade estratégica para Mato Grosso do Sul.

“Estamos construindo políticas públicas baseadas na ciência e no conhecimento, para garantir um crescimento sustentável, tecnológico, inclusivo e verde. O Fórum traz essa oportunidade de consolidar um plano estruturante para o nosso Estado”, afirmou o governador.

Um dos destaques do evento foi o anúncio de um convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que auxiliará na elaboração do plano diretor e no monitoramento das águas em Bonito, destino turístico que atrai mais de 300 mil visitantes por ano. Riedel ressaltou a importância de políticas integradas para a preservação ambiental e o fomento ao turismo sustentável na região.

Crédito de carbono e economia climática

O tema central do primeiro dia do Fórum foi o mercado de carbono, com a participação da advogada e especialista em regulação de políticas climáticas, Natália Braga Renteria. Segundo ela, a recente aprovação da lei nacional de mercado de carbono marca um avanço significativo, mas ainda há muito a ser implementado.

“O Brasil finalmente deu um passo importante ao aprovar essa legislação. Agora, precisamos capacitar os produtores e as indústrias para compreenderem as oportunidades desse mercado, que não é apenas ambiental, mas econômico. Estamos entrando em uma nova era, a da economia climática”, afirmou a especialista.

Renteria destacou a necessidade de ampliar o acesso à informação sobre o crédito de carbono, utilizando redes como cooperativas para conscientizar produtores rurais sobre as vantagens econômicas e ambientais da adesão a práticas sustentáveis.

Prevenção a incêndios e variabilidade climática

O secretário de Meio Ambiente de MS, Jaime Verruck, esteve presente no evento e apontou os desafios impostos pela variabilidade climática, ressaltando as medidas de prevenção e combate a incêndios florestais que já estão sendo planejadas para 2025. Entre as ações previstas, destacam-se visitas a produtores rurais, capacitação para combate inicial ao fogo e manutenção de bases fixas para enfrentamento de queimadas.

“A mudança climática reduz nosso controle sobre padrões climáticos. Por isso, estamos priorizando a prevenção e o preparo técnico no combate aos incêndios, com apoio de normas técnicas e iniciativas estruturadas”, explicou o secretário.