Um dia antes de completar 97 anos, Agostinho Gonçalves da Mota recebeu em casa a família, amigos, Comando Militar do Oeste, Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, entre outras pessoas, para celebrar mais um ano de vida. O ex-combatente ficou emocionado com a presença e o carinho de tantas pessoas no local e disse se sentir bem.
“Eu estou muito bem. Pouca gente chega onde eu cheguei, passando pelo o que eu passei. Eu fico até constrangido de ver tanta gente aqui”, disse o pracinha sorrindo.
O filho de Agostinho, William Felício da Mota, participou da cerimônia e destacou a luta dos ex-combatentes também depois da guerra. “O meu pai tinha 18 anos quando foi para a guerra e o Exército Brasileiro e a nação dispensaram eles [Força Expedicionária Brasileira] dentro da Itália. Antes deles embarcarem foram desligados do Exército. Isso só mudou na Constituição de 1988, quando eles foram reconhecidos e receberam aposentadoria como 3º Sargento, mas a lei só foi efetivada em 1990. Hoje, o Exército é quem lembra desses ex-combatentes”.
O chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste, Jayro Rocha, fez a entrega da medalha e falou que Agostinho é uma referência para o Brasil. “Ele é um exemplo de dedicação, de abnegação, de força, um exemplo da força brasileira.”.
A presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Maria Madalena Dib, disse durante o evento que o IHG vem cumprindo o papel de preservar a memória dos ex-combatentes.
“O Instituto tem uma responsabilidade com os febianos. Nós temos um acervo com itens doados pelo Agostinho e por outros [ex-combatentes], também já publicamos um livro e mantemos também essa pesquisa, pois é fundamental. Eles estão indo fisicamente, mas a história que eles nos deixam é imortal”.
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