As exportações pelo meio hidroviário de Mato Grosso do Sul estão superando as expectativas em 2023. Até julho, 5,1 milhões de toneladas foram exportadas pelos rios de MS, um aumento de 59% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 3,2 milhões de toneladas.
De acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, há dois fatores que contribuíram para o crescimento das exportações pelos rios sul-mato-grossenses. "O primeiro ponto é a navegabilidade. O volume de chuvas que nós tivemos mateve a capacidade de transporte pelas hidrovias. O segundo ponto é a seca na Argentina que ocasionou no aumento das exportações", comentou.
O minério de ferro se destacou como o principal produto exportado pelas hidrovias de MS, com 73,3% do total, com 3,8 milhões de toneladas. Em seguida, aparece a soja, com 1,9 milhão de tonelada.
O titular da Semadesc aponta o motivo desses protudos se destacarem nas exportações. "Até o momento é recorde de exportação de soja por hidrovias, principalmete para o mercado argentino, devido a seca. Mas o grande boom é a questão do minério. Nós tivemos a venda da exploração da Vale para a J&F, que operava nos últimos 10 anos com três milhões de toneladas anuais, e neste ano a J&F opera com seis milhões de toneladas, e a previsão é que opere com oito milhões ano que vem", frisou.
O Porto Gregório Curvo, localizado em Corumbá, foi o terminal que registrou a maior movimentação portuária, com 1,9 milhão de toneladas.
As hidrovias receberão mais investimentos, de acordo com Jaime Verruck. "Nós temos dois desafios, que inclusive estão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que é a dragagem de três pontos do Rio Paraguai. Esses três pontos precisam de licenciamento ambiental, para que possamos fazer desassoreamento do rio para melhorar a navegabilidade. O governo vai licitar mais um porto em Porto Murtinho, vai a leilão agora o porto público e já tem várias empresas interessadas", apontou o secretário.