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Segurança No Trabalho

Falta de treinamento e equipamentos antigos contribuem para acidentes, explica procurador do MPT

Em agosto a instituição lançou um revista em quadrinhos para orientar risco de escalpelamento

Acidentes de trabalho podem impactar permanente vida do trabalhador - Foto: Reprodução/Infoescola
Acidentes de trabalho podem impactar permanente vida do trabalhador - Foto: Reprodução/Infoescola

Nesta segunda-feira (04), o Jornal CBN CG conversou com o procurador do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) Leontino Ferreira de Lima Junior. Durante a entrevista ele falou sobre as diversas situações que podem levar a acidentes de trabalho, em alguns casos com repercussão permanente para vida do trabalhador.

Atividades ligadas a utilização de equipamentos com motores abertos são os que mais causam acidentes laborais. Aliado a isso, a falta de treinamento adequado e consciência do trabalhador contribuem para o aumento das estatísticas.

“São diversos fatores que levam aos acidentes de trabalho. Por exemplo, em situações em que são utilizadas máquinas antigas que não têm partes devidamente protegidas, treinamento dos funcionários e fornecimento de equipamentos de proteção individual e  funcionário consciente da obrigação do uso de equipamentos são alguns dos fatores", frisou o procurador.

Lima Júnior ainda falou sobre o lançamento de uma revista em quadrinhos utilizada para conscientizar a população da região Norte do país quanto à possibilidade de escalpelamento, que é a perda de parte ou de todo o couro cabeludo em acidente.

“O escalpelamento nessas embarcações é concretado nesta região amazônica, especialmente na ilha do Marajó, no Pará, acontece porque é o meio de transporte deles e lá o motor fica dentro do barco. O eixo do barco normalmente fica desprotegido e esse acidente é mais comum com mulheres, com cabelos longos. Infelizmente acontece com crianças, é um acidente gravíssimo às vezes com perda de parte ou toda do couro cabeludo e em alguns casos de parte de orelha, com repercussão para a vida toda. O couro cabeludo não se regenera e a pessoa tem cefaléia, dores de cabeça constantes e a vida toda, vai precisar de cuidados, e segundo relatos das vítimas passam por dezenas de cirurgias”. Acompanhe a entrevista completa.