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INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Famílias prestigiam o desfile de 7 de setembro em Campo Grande

Nem o calor de 35 graus espantou o público de mais de 15 mil pessoas que compareceu à Rua 13 de Maio

O desfile contou com a apresentação de 4 mil pessoas representando 23 organizações civis e militares - Foto: Reprodução/ Governo de MS
O desfile contou com a apresentação de 4 mil pessoas representando 23 organizações civis e militares - Foto: Reprodução/ Governo de MS

Com um público estimado de 15 mil pessoas, o campo-grandense acordou cedo para assistir as apresentações do desfile de 7 de setembro, em Campo Grande, neste sábado (07).

O evento, que celebra os 202 anos da Independência do Brasil, marcado para às 8h10 teve início com uma hora de atraso. Apesar da demora, o público continuou firme para prestigiar o desfile, os parentes e amigos. A estratégia da dona de casa, Eliane Maria Silva Bispo, 59 anos, foi chegar à Rua 13 de Maio, local das apresentações na Capital, antes das 7 horas da manhã.

“6h40, quando eu cheguei, saí lá de casa às 5 e pouco. Eu adoro assistir o desfile de 7 de setembro e é bom a gente ver desfilar. Desde criança foi assim e ainda vou seguindo desse jeito. Eu gosto de chegar cedo para ficar perto do palanque, dá pra ver melhor também. Se chegar um pouquinho mais tarde, já não pega mais. Fica lá atrás e não tem como você olhar”.

Ao todo, 4 mil pessoas desfilaram representando 23 organizações civis e militares, durante quase duas horas de evento. Tradicional em Campo Grande, assistir o desfile da Independência do Brasil é um hábito que se passa de avô para neto. Como é o caso do empresário José Carlos Nunes do Nascimento, que contou com a companhia do neto, Eros Dias, de 10 anos. A parceria entre eles inclusive já foi flagrada mais de uma vez pela nossa equipe no mesmo evento.

“Eu estou acompanhado pelo meu netão aqui, o Eros Dias, 10 anos. Um cara maravilhoso, e eu quero ver se consigo transferir para ele o que foi aprendido no começo, quando eu era adolescente, quando eu era criança. Então, era muito importante para mim o 7 de setembro. O ano passado, o ano retrasado, nós estivemos aqui. Inclusive, no ano passado, nós fomos entrevistados pelo pessoal da CBN. E foi muito bom. E hoje, quando você passou a primeira vez, ele falou: 'Olha a CBN ali'. Então, já a CBN, eu tenho certeza que nunca mais vai sair da memória dele. E eu também, claro. Sempre gostei da CBN”.

Nem mesmo o calor de 35 graus, às 10 horas, e a baixa umidade do ar, em torno de 20%, desanimou a dupla, que abriu o jogo sobre suas preferências no desfile.

“Gosto muito da música. A aeronáutica. Mas ele acabou de falar para mim que gosta também de ver as polícias: a civil, as espécies de polícias que tem, que ele gosta de ver, a diferença que tem uma da outra. Muito da Polícia Científica. E será que isso já está guardadinho no coração, como uma ideia do que pode ser profissão no futuro? Sim. Está pensando em ser o quê? Cientista”.

O casal Regina e Antônio Carlos Bezerra, que está visitando Campo Grande, compareceu ao evento com uma intenção especial: assistir o filho desfilar. Seu Antônio, que é militar aposentado, revelou a satisfação de ver a história sendo passada dentro da família.

“Eu tenho um filho que é da aeronáutica e o outro que é do exército, que está se formando na escola de cavalaria. Aí, hoje, vai participar do desfile. É uma satisfação muito boa, porque eu tenho três filhos militares. Eu fiz parte da carreira durante 40 anos e, hoje em dia, eu tenho o prazer de vir aqui ver meus filhos fazerem parte também dessa família militar”.

Escolada em eventos deste tipo, já que prestigiou o marido durante os 40 anos de carreira militar, dona Regina contou algumas estratégias para aproveitar ao máximo o desfile.

“Acordamos às seis, tomamos aquele café reforçado, para a gente, oh, ficar firme e forte aqui. Até conseguimos um lugarzinho aqui privilegiado. Pertinho do palanque, na sombra. Com certeza, ainda vou fazer um vídeo e enviar para os meus amigos do Rio”.

Viviane Caetano da Silva Gomes, de 39 anos, geralmente está do outro lado da apresentação, desfilando, já que é bombeira militar. De folga, ela poderia ter escolhido ficar em casa, mas fez questão de trazer o filho Timóteo, de cinco anos.

“Desde criança, meus pais, minha mãe me trouxe, e eu também participei na época da escola. E, como militar também, eu gosto de presenciar, de estar aqui e celebrar esse dia, que para nós é tão importante. Vim trazer o meu filho para que ele também comece a ter essa tradição de vir aos desfiles. É a primeira vez que eu consigo trazer ele, que eu tô de folga também”.