Um filhote de veado-catingueiro de cerca de 50 dias de vida foi encontrado, na segunda-feira (14), tentando mamar na mãe, já sem vida, em Ponta Porã. A suspeita é de que ela tenha morrido depois de ser atropelada.
O animal foi encontrado por um morador local em uma estrada vicinal quando ele retornava do trabalho. Sensibilizado com a cena, o homem levou o bicho para casa e passou a alimentá-lo com mamadeira. Na sequência, ele acionou a Polícia Militar Ambiental para a captura.
Segundo a subcomandante do Segundo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (PMA), Thamara de Brito Moura, apesar da boa intenção, o acolhimento de animal silvestre pode gerar diversas consequências.
“Além da situação de condição de saúde do animal, é um animal silvestre, um animal que tem uma carga bacteriana diferente da nossa, diferente dos nossos animais domésticos, ele pode carregar algum tipo de zoonose, ou seja, algum tipo de doença que pode passar para o ser humano. Além disso, o fato de você pegar um animal, alimentá-lo de forma incorreta, pode causar danos à saúde do animal e à própria domesticação. Além das questões legais também, a pessoa que cria um animal silvestre sem autorização do órgão ambiental competente, ela está cometendo um crime, uma infração ambiental, ou seja, ela vai responder por um crime, pode ser presa e também vai ser multada”, explicou.
De acordo com o Decreto Federal 6.514 de 2008, manter irregularmente em cativeiro ou em situação de abuso ou maus-tratos animal silvestre é crime ambiental. A multa varia de R$ 5 mil a R$ 500 mil.
Depois de ser resgatado pela PMA, com o morador de Ponta Porã, o filhote de veado-catingueiro foi encaminhado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) em Campo Grande.
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