Não está sendo nada fácil para a prefeita Adriane Lopes (PP) fazer o seu líder, vereador Beto Avelar (PP), presidente da Câmara Municipal de Campo Grande. Os obstáculos são enormes, porque os seus aliados estão fechados com a candidatura do vereador Papy (PSDB). Até o marido da prefeita, deputado estadual Lídio Lopes entrou no circuito para desidratar apoio a Papy. Até agora não conseguiu essa proeza.
Hoje, Avelar teria garantido apenas 6 dos 29 votos. A prefeita não tem muito tempo para tentar virar o jogo, porque a eleição será no dia 1° de janeiro. O curioso é que o cenário da eleição da Mesa Diretora da Câmara não seria diferente do primeiro turno da disputa pela prefeitura da Capital.
Os partidos aliados do PSDB defenderam a candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira para prefeito. Perdeu. No segundo turno, os tucanos fecharam com Adriane, levando junto grande parte dos seus parceiros, a exceção de Beto e do ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB.
Na disputa pela presidência da Câmara, o PSDB e seus aliados voltaram a enfrentar a prefeita apoiando Papy. Até a oposição, incluindo o ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT) e o PT, se uniram para a eleição de Papy.
O PL, terceira maior bancada com 3 vereadores, caminhou com PSDB no primeiro turno e apoiou Adriane no segundo turno. Por ser um partido alinhado com o PP em nível nacional, era esperado apoio a Beto Avelar. E não foi o que aconteceu para frustração da prefeita. PL está com Papy.
O vereador Carlão (PSB), que está encerrando o seu mandato na presidência neste fim de ano, ajudou na construção da candidatura de Papy e deve ocupar a primeira secretaria, o segundo cargo mais importante do Legislativo. Carlão nunca deixou a prefeita na mão. Mas agora não tinha como atendê-la, porque está em jogo a disputa pelo poder.
Na avaliação dos vereadores aliados de Papy, é preciso evitar a concentração de poder do PP com o controle da prefeitura e da Câmara. Adriane ficaria muito fortalecida politicamente.
Mas a prefeita, também, tem a sua preocupação. Ele não quer deixar a Câmara nas mãos do PSDB, um partido que sempre foi seu adversário ferrenho. A exceção do governador Eduardo Riedel, que sempre manteve uma relação cordial com a prefeita. Já o presidente regional do partido, ex-governador Reinaldo Azambuja, foi um duro crítico a Adriane.
Agora, se a prefeita não conseguir atrair votos mesmo com promessas de cargos, a candidatura de Beto Avelar pode ser sacrificada para o PP, segunda maior bancada com 4 vereadores, não ficar fora da Mesa Diretora. Papy acabaria sendo o candidato de consenso.
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