Veículos de Comunicação

CLIMA

Frente fria avança, mas tempo seco continua em MS

Em Campo Grande, a máxima esperada deve chegar aos 34 °C; a qualidade do ar segue comprometida e o uso de máscara é indicado

No final da tarde desta quarta-feira (2), qualidade do ar foi classificada em "muito ruim", devido ao corredor de fumaça que chegou na Capital
No final da tarde desta quarta-feira (2), qualidade do ar foi classificada em "muito ruim", devido ao corredor de fumaça que chegou na Capital | Foto: Arquivo CBN-CG

Nesta quinta-feira (3), o avanço de uma frente fria de fraca intensidade favorece aumento de nebulosidade, probabilidade para chuvas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento, principalmente na metade Leste do estado. Mas, não se descartam pancadas de chuva e tempestades isoladas nas demais regiões.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec/MS), estão previstas temperaturas máximas entre 27-34°C para as regiões Sul, Sudeste e Leste do estado. Nas regiões pantaneira e sudoeste esperam-se máximas entre 32-36 °C.

Já nas regiões Norte e bolsão os termômetros devem chegar aos 39°C. Na Capital, as máximas esperadas estão entre 32-34 °C.

Os ventos atuam entre o quadrante oeste e giram para o quadrante sul com valores entre 40-60 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Qualidade do ar

Entre agosto e setembro, o Brasil e países vizinhos enfrentaram um período seco, com diversas queimadas que afetaram a qualidade do ar. Um fenômeno notável é o “corredor de fumaça” que parte da Amazônia, atravessa a Bolívia e o Paraguai, e retorna ao Brasil, atingindo o Rio Grande do Sul.

O coordenador da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Widinei Alves Fernandes, explica que quando frentes frias entram na região, elas deslocam essa pluma de fumaça, intensificando a poluição em áreas como Mato Grosso do Sul e Campo Grande.

Em setembro, este fenômeno foi frequente, piorando a qualidade do ar na capital sul-mato-grossense. No final da tarde de ontem (2), uma nova onda de fumaça chegou à cidade, com concentrações de partículas que chegaram a 200 microgramas por m³, muito acima dos 10 microgramas registrados em dias sem queimadas. Com a qualidade do ar classificada como “muito ruim”, o uso de máscaras N95 é recomendado para reduzir a inalação de partículas.

Nos últimos 31 dias, Campo Grande teve apenas 5 dias com qualidade do ar considerada “boa”. Este é o pior período registrado desde o início do monitoramento na região. A expectativa é que, com a chegada de uma nova frente fria e possíveis chuvas, a situação melhore, já que a chuva é essencial para dispersar as partículas poluentes da atmosfera.

*Com informações do Cemtec/MS

 CLIQUE AQUI e entre no canal de notícias da CBN CG