Alguns líderes políticos de Mato Grosso do Sul vão esperar o resultado das eleições municipais para definição do futuro partidário. O que está em jogo é a disputa pelo poder no processo eleitoral de 2026. Ninguém vai querer permanecer em um partido sem base eleitoral para cacifar aliança vantajosa no pleito de 2026.
É o caso do senador Nelsinho Trad. Hoje ele comanda o PSD em Mato Grosso do Sul e aliado do governador Eduardo Riedel. O partido tem grande fatia do bolo do Fundo Eleitoral e Partidário. Mas sofre com a falta de lideranças no interior para o fortalecimento do partido.
Uma das grandes conquistas do partido foi a filiação do vice-governador Barbosinha. Ele é um nome de peso para disputar a Prefeitura de Dourados. Outra filiação de peso foi a de Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente. É um nome colocado na mesa para vice de Beto Pereira na disputa pela Prefeitura de Campo Grande.
Mas se o PSD não conseguir construir uma forte base eleitoral e política com as eleições municipais, o senador Nelsinho Trad pode desembarcar do partido para ingressar a uma outra legenda com melhores condições de apoiar a sua reeleição.
O futuro do PSD em Mato Grosso do Sul é uma incógnita. O partido vai enfrentar grandes obstáculos nas eleições municipais enfrentando adversários de peso, como o PSDB. Nelsinho é aliado dos tucanos em nível estadual e rival em alguns municípios.
Já em Campo Grande, Nelsinho fechou com PSDB para apoiar o deputado federal Beto Pereira para prefeito. Ele teve de tomar medidas duras para construir essa aliança, como a retirada da pré-candidatura do deputado estadual Pedrossian Neto e o desligamento do partido do irmão, ex-prefeito Marquinhos Trad.
É o preço que pagou para ter apoio dos tucanos à sua reeleição de senador. Mas nem tudo está garantido, porque o PSDB tem, ainda, o Podemos da senadora Soraya Thronicke. Ela quer apoio do PSDB em seu projeto de reeleição, em 2026.
Neste caso, o PSDB vai ter que descartar um deles na aliança. Numa coligação para 2026, só cabem dois candidatos a senador. Um deles já está com passaporte carimbado, que é o ex-governador Reinaldo Azambuja.
E Nelsinho vai depender, então, do desempenho do PSD nas eleições municipais para negociar apoio à sua reeleição. Ele até pode trocar de partido para o seu projeto de reeleição não perder força.
Nelsinho vai analisar ainda o rumo do PSD na corrida presidencial. Uma aliança com o PT, por exemplo, prejudica, em tese, o projeto de reeleição de Nelsinho, que tem vínculo à pauta bolsonarista.
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