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Parceria Público-Privada

Governo abre consulta pública para projeto de PPP no Hospital Regional

Investimento estimado no HR de Campo Grande é de R$ 5,6 bilhões em 30 anos

Maquete da ampliação e modernização do HR na Capital - Ilustração/EPE-MS
Maquete da ampliação e modernização do HR na Capital - Ilustração/EPE-MS

O Governo de Mato Grosso do Sul abriu nesta terça-feira (15) uma consulta pública para debater o projeto de Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande.

A iniciativa busca viabilizar a modernização e expansão do maior hospital público do Estado, com previsão de R$ 5,6 bilhões em investimentos ao longo de três décadas.

O projeto foi apresentado durante a 36ª reunião do Conselho Gestor de Parcerias. Segundo o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), a atual estrutura de 30 anos apresenta sinais de desgaste e limitações, o que justifica a necessidade de reforma, ampliação e modernização.

Com área atual de 37 mil m², o HRMS passará a ter 71 mil m² após a construção de dois novos blocos. O número de leitos aumentará de 362 para 577, além da ampliação do estacionamento, que contará com 753 vagas. O atendimento seguirá 100% gratuito pelo SUS e sob gestão estadual no que se refere aos serviços assistenciais.

A proposta adota o modelo de “bata cinza”, que transfere à iniciativa privada a gestão de serviços como recepção, segurança, nutrição, lavanderia, manutenção, tecnologia da informação, logística e fornecimento de insumos hospitalares. A gestão médica e assistencial seguirá sob responsabilidade do Estado.

De acordo com o governo, a PPP trará economia de 21% em comparação ao modelo tradicional de contratação, além de maior eficiência e agilidade na execução das obras.

A secretária especial de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni, destacou que o modelo garante sustentabilidade de longo prazo. Já o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, classificou a PPP como um marco na regionalização da saúde pública e na modernização da rede hospitalar estadual.

O cronograma prevê a construção de novos blocos em até dois anos e a reforma da estrutura atual em quatro. Serão implantadas áreas como UTI Neonatal, Centro de Imagem, Pronto Socorro com 77 leitos (atualmente são 22), e mais de 2.700 internações mensais — o dobro da capacidade atual.

A consulta pública segue até 15 de maio, com audiência marcada para o dia 12 de maio. A população pode participar por meio de formulário disponível no site do EPE, enviando sugestões e críticas ao e-mail [email protected].