Veículos de Comunicação

Saúde

Há mais de 24 horas em UPA da Capital, bebê de um mês de vida aguarda transferência para hospital

Criança está desde sexta (26) na Unidade de Pronto Atendimento do Universitário

Espera por vaga é ainda mais preocupante, porque desde o início da semana, as unidades de saúde da Capital vem registrando aumento na demanda - Foto: Arquivo Pessoal
Espera por vaga é ainda mais preocupante, porque desde o início da semana, as unidades de saúde da Capital vem registrando aumento na demanda - Foto: Arquivo Pessoal

Desde sexta-feira (26), um menino – de um mês e oito dias – segue aguardando uma vaga para internação em um dos hospitais de Campo Grande. Segundo a família, o bebê foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Universitário, às 11 horas da manhã, depois de apresentar febre, durante a madrugada de quinta para sexta. 

Na unidade, a criança foi submetida a exames, de sangue, urina e raio-x, que indicaram infecção urinária. De acordo com a avó do menino, Silvânia Barroso, o neto chegou à unidade de saúde com muitas dores. 

“Ele chegou com muitas dores, com febre e gemendo muito. A médica pediu os exames e disse que ele ficaria em observação até o resultado, que confirmou infecção urinária”, descreveu Silvânia. 

Segundo a família, a médica responsável pelo atendimento na sexta-feira informou que por se tratar de uma criança muito pequena não está indicada a medicação oral, e sim na veia. Devido a esta situação o bebê precisa permanecer internado, no entanto, não há vaga para transferência para nenhum hospital da cidade.

A situação ainda é mais preocupante, porque desde o início da semana, as unidades de saúde da Capital vem registrando crescimento na procura por atendimento.

Nesta semana, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) foi registrado um aumento no atendimento geral das UPAs e Centros Regionais de Saúde (CRS) de 40%. Só na segunda-feira (22), foram mais de 6.500 atendimentos. Enquanto no mesmo período da semana foram 4 mil nas 10 unidades de urgência e emergência. As doenças respiratórias estão entre as principais causas para aumento na demanda.

Sobre a situação do bebê, em nota a Sesau informou que o paciente encontra-se em processo de regulação aguardando disponibilidade de vaga para transferência.

“Ele está sendo medicado e assistido pela equipe médica e de enfermagem da unidade. Apresenta quadro estável. A Sesau está em contato com os hospitais para garantir que a transferência ocorra o mais breve possível”, explicou a secretaria. 

O texto ainda reforça que apesar da necessidade de encaminhamento para exames e atendimento complementar, o paciente está sendo assistido da melhor maneira possível na UPA.