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HCAA entrega nova remessa de laringes eletrônicas

Fonoaudiólogo que acompanha os pacientes na reabilitação, explica que o tempo médio de aprendizado com o aparelho é de 30 dias

Primeira mulher a fazer este tratamento recebeu a laringe eletrônica nesta quinta-feira - Foto: Divulgação/ HCAA
Primeira mulher a fazer este tratamento recebeu a laringe eletrônica nesta quinta-feira - Foto: Divulgação/ HCAA

O Hospital de Câncer de Campo Grande-MS Alfredo Abrão (HCAA) realizou a segunda entrega de laringes eletrônicas para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço nesta quinta-feira (7). Ao todo, cinco pacientes – que tiveram a laringe removida para tratar câncer de pescoço – receberam os equipamentos nesta semana.

No mês do Julho Verde, que conscientiza sobre a importância da detecção e tratamento precoce do câncer de cabeça e pescoço, foram entregues as primeiras cinco laringes. O hospital é o primeiro de Mato Grosso do Sul, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a fornecer o tratamento para que pacientes possam voltar a falar.

O cirurgião de cabeça e pescoço do HCAA, Carlos Freitas, explica que, antes, as laringes não eram distribuídas pelo SUS. "Passou a ser disponível há três anos e levou algum tempo para que fosse viabilizado. A parte que o hospital recebe do SUS não cobre totalmente o valor do aparelho, mas, faz parte do tratamento do câncer de laringe a reabilitação dos pacientes".

O fonoaudiólogo Anderson Borges, responsável pela reabilitação, explica que a principal dificuldade é aprender a "soltar a voz" pelo equipamento, e não mais pelas cordas vocais naturais. Ele ainda fala sobre o tempo médio para reablitação.

"Da primeira entrega que nós fizemos, em julho, demorou, em média, um mês, com os pacientes indo uma ou duas vezes por semana na reabilitação. Eu peço para que treinem bastante em casa. Depois que eles pegam o ritmo, eles mesmo vão treinando em casa e vão se adaptando melhor com o aparelho", afirma.

Os principais fatores de risco para desenvolver a doença são: tabagismo; consumo excessivo de álcool; infecção por papilomavírus (HPV); e dieta pobre em iodo.

Já os sintomas, são: feridas no lábio, boca, língua, garganta ou pele por mais de 15 dias; nódulo/caroço no pescoço; dificuldade ou dor para engolir persistentes; e voz rouca ou fraca por mais de 15 dias.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) os cânceres de boca e laringe são os mais frequentes entre os homens. Já nas mulheres, predomina o da tireoide. As doenças, quando detectadas na fase inicial, possuem 80% de chances de cura.

Entre as principais formas de prevenção, destaca-se a vacinação HPV para meninos entre 11 e 14 anos e meninas entre 9 e 14 anos.