O Hemosul de Mato Grosso do Sul completa este ano 36 anos de história. A rede, que começou com o objetivo de atender a demanda local de doação de sangue, hoje apresenta inovações reconhecidas em outros estados e projetos premiados em âmbito nacional.
Em entrevista ao Jornal CBN Campo Grande, a coordenadora do Hemosul, afirma Marina Sawada Torres, destacou os principais trabalho desenvolvidos pelo espaço nos últimos anos.
“Ao longo dessa história nós tivemos alguns testes, por exemplo, O HIV que ele foi implantado ao longo do tempo em 1989. Em 1993, o da Hepatite C que foi é foi colocado no sistema para que a gente pudesse fazer os tipos de bolsas utilizados, anteriormente de concentrado de hemácias valia em torno de 30 dias. Hoje nós utilizamos um anticoagulante, que ele pode durar até 42 dias, a bolsa de sangue. As plaquetas ainda continuam com o tempo de validade bastante curto, de 5 dias. A gente está produzindo diariamente para que a gente possa atender a demanda”.
Estrutura e impacto local
O Hemosul conta com 12 unidades distribuídas pelo estado, sendo três em Campo Grande e nove no interior. A rede atende, em média, 5.635 doadores por mês, coletando cerca de 4.668 bolsas de sangue mensalmente. Esses números sustentam a distribuição de mais de 104 mil hemocomponentes por ano, que abastecem hospitais públicos e privados.
Apesar dos locais cobrirem as referências regionais em saúde no estado, a principal dificuldade hoje para a manutenção do estoque é a disponibilidade dos doadores.
“Nós dependemos do altruísmo e da solidariedade do nosso doador. Então, existem períodos em que nós temos uma queda nas doações de sangue, por exemplo, o inverno agora nas festividades do final do ano e no Carnaval também que nós temos um feriado prolongado. Então, nós temos uma diminuição nas doações de sangue. E aí nós encontramos uma certa dificuldade de atender os pacientes que precisam”, explicou.
Sobre o nível de estoque de sangue disponível hoje no estado, Marina já se preocupa com a sazonalidade do aumento dos casos de dengue com a volta das chuvas.
“No geral, ele está relativamente bom, mas é o negativo. Nós estamos com estoque bem baixo. Mas nós precisamos de todos doações, de todos os tipos sanguíneos, porque a plaqueta tem tempo de validade de 5 dias. E como nós começamos, iniciamos agora o período das chuvas nós temos o risco da dengue aumentar e com isso, a probabilidade de ter a dengue grave que pode evoluir com sangramento e que necessita de plaqueta”, frisou a coordenadora.
Cases de sucesso que ultrapassam fronteiras
Entre as iniciativas de destaque, está o “Selo Conexão Hemosul”, que reconhece empresas parceiras na promoção de campanhas de doação de sangue. O projeto chamou a atenção de hemocentros como o de Brasília, que já está implantando o modelo, e até de empresas de outros estados, como em Avaré (SP).
Outra inovação foi o desenvolvimento de um aplicativo que digitaliza cartões de doador e declarações, parte do programa “MS Digital”. O sistema despertou o interesse da Secretaria de Saúde do Espírito Santo, que planeja implementá-lo no HEMOES.
Premiação e projetos sociais
Em 2022, o Hemosul foi premiado pela Roche Farma Brasil com um projeto voltado a crianças com hemofilia, que inclui brinquedotecas e bibliotecas nas unidades de Campo Grande. O objetivo é oferecer acolhimento e lazer para os pequenos pacientes, tornando o tratamento menos traumático.
Além disso, o Hemosul conta com o NAT (Laboratório de Tecnologia Biomolecular), referência em exames sorológicos de última geração no Brasil, e o projeto “Ambulância Terapia”, que leva medicamentos até pacientes em áreas rurais.
Ações de incentivo
Durante períodos críticos, como o inverno, o Hemosul intensifica campanhas de doação de sangue, destacando datas importantes como o “Junho Vermelho” e o Dia Nacional do Doador de Sangue, em 25 de novembro. Para a doação de medula óssea, as ações se concentram em setembro e dezembro, meses de conscientização sobre o tema.
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