Homem de 25 anos foi preso em Ponta Porã neste domingo (30) acusado de fingir ser policial federal para enganar e extorquir mulheres. A prisão ocorreu após uma vítima desconfiar das histórias contadas por ele e procurar a Polícia Civil junto com o ex-marido, também citado em uma suposta investigação forjada como parte do golpe.
O caso começou cerca de três semanas antes, quando a vítima conheceu o suspeito por meio de um amigo em comum. Alegando ser agente federal lotado em Ponta Porã e originário de São Paulo, ele dizia que tentava conciliar a rotina policial com o curso de medicina.
Durante as conversas, que ocorriam principalmente pelas redes sociais, o homem chegou a pedir R$ 150 emprestados, alegando que enfrentava problemas com sua conta bancária.
Na sexta-feira (28), o suspeito voltou a fazer contato, afirmando ter retornado de uma missão no Acre. Durante um encontro presencial com a mulher, ele teria se comportado de maneira suspeita — inclusive guardando uma arma na porta do carro — e mencionou um suposto processo por enriquecimento ilícito que envolveria o ex-marido da vítima na polícia paraguaia.
Segundo o relato, o falso policial teria sugerido que a “investigação” poderia ser “resolvida” com o pagamento de R$ 7 mil, valor que ele mesmo reduziu para R$ 5 mil, fornecendo sua própria chave Pix para o depósito.
A mulher procurou o ex-marido, que negou qualquer envolvimento com o caso. Diante da desconfiança, os dois foram à Polícia Civil e registraram boletim de ocorrência.
Com base no depoimento, os policiais identificaram o endereço do suspeito, mas, ao tentarem contato, ele não respondeu. Como havia a possibilidade de estar armado, a equipe usou uma bomba de efeito moral para entrar na residência. O homem foi localizado no local e preso em flagrante.
Em depoimento, ele confessou que utilizava uma arma de airsoft para simular a função de policial e se aproximar de mulheres. Disse ainda que não usava documentos falsos, mas exibia sua carteira de habilitação rapidamente para enganar seguranças e entrar em festas ou ambientes restritos.
O suspeito também admitiu que já havia pegado dinheiro emprestado se passando por policial. Ele está detido e à disposição da Justiça.
*Com informações da Polícia Civil de MS