Foi preso na segunda-feira (4) Daniel Souza Lírio, de 42 anos, acusado de matar Gilka Simony Nunes, de 35 anos. O crime ocorreu no bairro Moreninhas, em Campo Grande.
De acordo com a delegada Elaine Benicasa, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Daniel foi preso horas depois de cometer o crime. Ele foi localizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o punhal utilizado no crime.
O casal morava juntos há sete anos e, segundo o depoimento do suspeito, eles brigaram antes do crime. "Ele alega que na data dos fatos, travou uma discussão com a vítima por conta que Gilka sustenta um filho que está preso por tráfico de drogas", explicou a delegada
A delegada Elaine informou que Daniel tem um histórico de violência doméstica em relacionamentos anteriores. "Ele possui boletins de ocorrência de violência doméstica, desde 2008, desde 2009. Em 2018 ele possui boletins de ameaça, de lesão corporal contra ex-namoradas. Não existia nenhum boletim da vítima contra o suspeito".
A titular da Deam destacou a importância de as pessoas perceberem abusos dentro do relacionamento e pediu para que as vítimas de violência doméstica denunciem o abuso. "Nós sabemos que 100% dos feminicídios são frutos de relacionamentos abusivos, relacionamentos tóxicos. Onde há relatos de parentes e amigos que falam que o homem é extremamente abusivo, controlador, excessivamente ciumento.[…] Há muitos crimes que antecedem o feminicídio, como a amaeaça, a perseguição. A maquina estatal e municipal só vai se movimentar para a partir do momento em que a mulher registrar a ocorrência", afirmou Elaine
Este foi o oitavo feminicídio registrado em Campo Grande neste ano. O crime é caracterizado pela morte de uma mulher por razões da condição de sexo feminino.
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