O Hospital de Câncer de Campo Grande publicou uma nota no final desta semana explicando que os médicos não vão mais entrar em greve após a ameaça no começo de fevereiro. Os profissionais da saúde alegaram que diversos problemas estavam tornando o atendimento praticamente impossível, como a falta de medicamentos quimioterápicos com frequência, redução da carga horária da equipe de anestesistas, o que também diminuiu a quantidade de cirurgias, atraso frequente no pagamento dos médicos, demora dos resultados de anatomia patológica e falta de insumos para procedimentos de diagnóstico.
Segundo o hospital, os salários que estavam 20 dias atrasados foram quitados já no último dia 11 e o serviço terceirizado de anestesiologia também foi normalizado e com isso, o centro cirúrgico está realizando os procedimentos normalmente.
Em entrevista à CBN Campo Grande, o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, Marcelo Santana, que inclusive prestou apoio as reivindicações dos profissionais da saúde, disse que a diretoria do hospital informou ao SINMED que estava organizando a unidade. “A diretoria informou que está em um processo de reorganização dentro do hospital, principalmente em relação ao serviço de anestesia, para poder restabelecer as cirurgias que são realizadas semanalmente. Nós ficamos bastante preocupados, pois para a realização do trabalhos desses profissionais é necessário ter materiais e infraestrutura para que esses pacientes sejam atendidos de forma adequada e com qualidade.”.