Imunização contra a dengue impõe novos critérios para doação de sangue

Diante do aumento de casos e da vacinação contra a dengue, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde emitiram uma nota técnica, nessa quarta-feira (06) orientando a população e os centros de captação de sangue em todo o país. 

Pessoas que tiveram dengue ou que tomaram a vacina contra a doença devem aguardar prazos específicos para poder doar sangue.

Em entrevista ao Jornal CBN CG, a coordenadora da Rede Hemosul em Mato Grosso do Sul, Marina Torres – que assumiu a função há cerca de 30 dias – explicou que a principal atualização desta nota técnica diz respeito à vacinação contra a dengue.

“Entre os critérios que impedem a doação está a imunização recente para a dengue. Então, hoje pessoas que tomaram a vacina contra a dengue devem aguardar 30 dias após a vacinação para poder doar sangue”, disse a coordenadora. 

Em relação às informações clínicas, sobre doenças e situações impeditivas, antes de doar a pessoa responde um questionário sobre suas condições de saúde.

“Quando o doador nos procura, antes de doar ele responde um questionário. Lá, a pessoa vai informar quais as condições de saúde, por isso é muito importante ser o mais fiel possível à verdade. Além disso, antes do sangue ser entregue para a doação também fazemos testes e análise para garantir a qualidade do sangue”, destaca Marina Torres.

Para reforçar o trabalho de análise, desde o ano de 2011, a Rede Hemosul MS incorporou a tecnologia do NAT, produzido por Bio-Manguinhos/Fiocruz e disponibilizado pelo Ministério da Saúde, na testagem de todas as bolsas de sangue doadas, o que reduz uma possível contaminação transfusional aos pacientes que dependem da doação de sangue.

“A tecnologia permite a testagem molecular para o vírus do HIV/Aids, hepatite B e hepatite C, também analisa a presença do parasita causador da Malária. Com a tecnologia é possível detectar agentes patogênicos transmissíveis por transfusão sanguínea em períodos menores do que testes convencionais. Isso proporciona mais segurança para todo o processo”, explicou a coordenadora.