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Tragédia

Incêndio no coração do Pantanal já consumiu o equivalente a 2.500 campos de futebol

Fogo na Serra do Amolar contribuiu para o terceiro pior janeiro em queimadas

Voos de reconhecimento estão sendo realizados  para definir os locais que vão receber o lançamento de águ
Voos de reconhecimento estão sendo realizados para definir os locais que vão receber o lançamento de águ

Há seis dias um incêndio de proporções devastadoras consome a Serra do Amolar, localizada no coração do Pantanal Sul-Mato-Grossense. Mais de 2,4 mil hectares já foram engolidos pelas chamas, área equivalente a 2.500 campos de futebol.

O fogo se alastra em uma região de difícil acesso. “Nós encontramos o solo de turva, onde o incêndio acaba ficando subterrâneo. E não raro, nós voltamos a essas localidades para um novo combate […] Como queima lento, esse incêndio reergue”,  explica a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Tatiane Dias de Oliveira.

Um contingente de 18 brigadistas e quatro bombeiros militares está na linha de frente para conter as chamas, além de aeronaves sobrevoando a região para identificar áreas mais críticas e realizar o combate aéreo.

O Instituto Homem Pantaneiro atribui o início do incêndio a um pequeno produtor que queimou uma área destinada à pastagem de gado. Com os ventos, as chamas se propagaram rapidamente, saindo de controle e atingindo a morraria, transformando a região em um cenário desolador.

A Serra do Amolar, está localizada no município de Corumbá, que lidera o ranking de focos de incêndio no país, com 142 ocorrências, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Somente em janeiro deste ano, Mato Grosso do Sul já registrou alarmantes 369 focos de calor, sendo o terceiro janeiro com mais ocorrências desde 1998.