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Queimadas

Incêndio no Pantanal se concentra próximo à BR-262

Região conhecida por 'Buraco das Piranhas' reúne 201 focos na tarde desta segunda-feira (1)

Uma das equipes de combate aos incêndios no Pantanal de MS - Foto: Saul Schramm
Uma das equipes de combate aos incêndios no Pantanal de MS - Foto: Saul Schramm

A maior concentração de focos de calor no Pantanal sul-mato-grossense, nesta segunda-feira (1), está entre o Retiro Margarida, na região de Bodoquena, e o 'Buraco das Piranhas', no município de Corumbá, na margem Sul da BR-262.  No domingo, devido aos fortes ventos, as chamas ultrapassaram o aceiro ao redor do Retiro e avançaram no sentido da rodovia.

Desde o início dos incêndios, há cerca de um mês, o bioma apresenta o menor número de queimadas (212 focos) devido à entrada de uma frente fria na região, que derrubou as temperaturas e melhorou a umidade relativa do ar, aliada ao reforço nas ações de combate às chamas, com maior efetivo de brigadistas e apoio aéreo.

De acordo com o chefe operacional da Operação Pantanal, capitão Samuel Pedrozo, a chuva teve mais volume na região da Nhecolândia e ao sul de Porto Murtinho, apesar de ocorrer por pouco tempo.

No sábado choveu fraco em Corumbá, com volume inferior a um milímetro e não existe previsão de chuvas intensas na região. 

O avião KC-390, da Embraer, enviado ao estado no final de semana, já foi acionado pelo menos 4 vezes, na região do Rio Abobral, no Pantanal da Nhecolândia. A cada sobrevoo, a aernonave consegue despejar 12 mil litros de água sobre a área dos incêndios. 

Além do combate aéreo, 82 agentes da Força Nacional ajudam no trabalho de rescaldo pelo solo, para que os focos que foram apagados não reascendam.

O cenário é positivo, mas ainda de alerta pois a temporada de estiagem está só começando no Pantanal, com previsão de pico da seca entre os meses de setembro e outubro.

Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ), mais de 700 mil hectares já foram queimados no Pantanal neste ano. Isso corresponde a quase 5% do bioma.

Frentes de combate às chamas

O foco mais preocupante no momento é na região de Bodoquena, que fica a sudeste de Corumbá, próximo ao Retiro Margarida. No local atuam duas guarnições dos bombeiros e mais quatro equipes da Força Nacional, tendo acréscimo de 16 militares, com apoio de uma aeronave Air Tractor.

Ao norte do Rio Abobral, na região da Nhecolândia, que é próximo ao Rio Taquari, o fogo se espalhou em função das fortes rajadas de evento, chegando em áreas de algumas fazendas. As guarnições seguem com o combate no local, inclusive usando maquinários e confeccionando aceiros. A aeronave KC390 da Força Aérea Brasileira apoiou os trabalhos.

Já no Porto Sucuri, que fica ao norte de Corumbá, se propagou um foco de incêndio em direção ao morro. No domingo duas guarnições atuaram em pontos diferentes desta região. Mesmo com o controle da situação, o local segue sendo monitorado.

A região (Porto Sucuri) concentra 20 militares, sendo sete bombeiros e 13 agentes da Força Nacional. Já na Maracangalha, Tamengo, Porto Rabicho e BR-262, segue sendo monitoradas.

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