O descumprimento reiterado de decisões judiciais pela prefeita Adriane Lopes, que há tempos vem sendo denunciado por sindicatos de servidores municipais, contribuintes e cidadãos comuns, agora mobilizou também a Defensoria Pública.
No final de janeiro, órgão protocolou petição na 1ª Vara de Direitos Difusos Coletivos e individuais homogêneos de Campo Grande cobrando providências para que a prefeita cumpra decisão que obriga o município a fornecer fraldas descartáveis e outros insumos à população carente.
Ao longo de 2024, mesmo sendo ano eleitoral, o descumprimento de ordens judiciais pela prefeitura foi amplamente divulgado pela mídia, principalmente aquelas relacionadas às mães atípicas, que se mobilizaram e fizeram – e ainda fazem – muito barulho ao protestar pelos direitos de seus filhos e dependentes.
Fora manifestações isoladas de alguns vereadores, a rigor a Câmara Municipal pouco ou quase nada fez para cobrar da prefeita a entrega de insumos como leite, fraldas e alimentação enteral para as crianças atípicas, que continuam em falta.
Por conta disso, as mães atípicas estiveram ontem na Assembleia Legislativa para mais uma vez protestar diante do descaso da prefeitura da Capital.
Elas receberam apoio dos deputados, que agora ensaiam a criação de uma comissão temporária para acompanhar e monitorar o atendimento, pelo município, das demandas das crianças atípicas e demais pessoas carentes que não estão sendo atendidas.
A movimentação que começa a acontecer no âmbito do parlamento estadual acaba colocando a Câmara Municipal de Campo Grande em papel secundário, sob o risco ainda de perder o protagonismo ao não cumprir com a sua principal prerrogativa, a de fiscalizar a gestão municipal.
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