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IPCA

Inflação em Campo Grande fecha ano acima do índice nacional

Confira os itens que mais subiram ou caíram de preços durante o ano de 2024 em Campo Grande

Campeões de variação: carnes tiveram aumento de 31% e a cebola queda de preços em 45%
Campeões de variação: carnes tiveram aumento de 31% e a cebola queda de preços em 45% | Fotos: Reprodução/Pexels

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a taxa oficial de inflação no país, fechou o ano de 2024 com alta acumulada de 5,06% em Campo Grande. O índice regional ficou acima do IPCA nacional, que foi de 4,83%.

Os dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o IPCA registrado de janeiro a dezembro de 2024 na capital sul-mato-grossense também ficou acima do índice registrado no ano anterior, em 2023, quando a inflação ficou em 4,76% em Campo Grande.

Em 2024, entre os nove grupos de produtos pesquisados, o de Alimentos e Bebidas apresentou a maior inflação em Campo Grande. O impacto no bolso do campo-grandense foi de quase dez por cento (+9,96%), sendo as carnes os itens que mais subiram de preço, acumulando alta de 31,32% de janeiro a dezembro.

Na sequência aparecem os gastos com Educação (+6,53%), Despesas Pessoas (+6,12%), Vestuário (+6,10%), Transporte (+4,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (+3,77%), Habitação (+2,28%), Comunicação (+0,64%) e Artigos de Residência (-0,55%) – único grupo a apresentar deflação no acumulado do ano.

Campeões da inflação e deflação em Campo Grande

Pelo menos 1/3 dos produtos e serviços que tiveram os preços pesquisados na capital sul-mato-grossense apresentaram inflação acima do índice médio acumulado ao longo do ano de 2024.

Entre os campeões da inflação em Campo Grande estão a Laranja-pera, com aumento de 63,67% no preço; os gastos com serviços dos cartórios (+50,68%) e café moído (+45,19%).

Por outro lado, registraram as maiores quedas de preços os itens: cebola (-45,8%), repolho (-36,47%) e passagem aérea (-34,99%).

Confira abaixo a relação dos principais itens que apresentaram as maiores inflações e deflações em Campo Grande durante o ano de 2024.

ITEM (produto/serviço)% INFLAÇÃO ACUMULADA
(janeiro a dezembro/24)
ITEM (produto/serviço)% DEFLAÇÃO ACUMULADA
(janeiro a dezembro/24)
Laranja-pera63,67Cebola-45,8
Cartório50,68Repolho-36,47
Café moído45,19Passagem aérea-34,99
Costela35,4Batata-inglesa-24,85
Peito de frango34,82Tubérculos, raízes e legumes-22,09
Banana-maçã34,45Tomate-20,34
Músculo33,96Feijão-carioca-14,22
Alcatra32,2Sabonete-14,01
Acém32,14Margarina-13,22
Contrafilé31,21Melancia-12,27
Lagarto comum27,73Artigos de iluminação-10,24
Capa de filé27,06Plano de telefonia fixa-10,14
Alho26,78Tapete-9,66
Patinho24,67Aparelho telefônico-8,81
Cigarro24,42Mamão-8,77
Carne de porco21,97Milho-verde em conserva-7,65
Joia20,78Roupa de banho-6,58
Azeitona18,62Roupa de cama-6,1
Azeite de oliva18,38Bicicleta-6,06
Abacaxi17,61Calça comprida infantil-6
Óleo de soja17,51Máquina de lavar roupa-5,21
Etanol17,41Televisor-4,89
Mandioca16,52Computador pessoal-4,67
Reforma de estofado16,15Bermuda/short infantil-4,59
Calça comprida masculina16,1Sabão em barra-4,55
Bebidas e infusões15,57Conserto de aparelho celular-4,16
Cheiro-verde15,39Sorvete-4,13
Transporte por aplicativo15,02Farinha de trigo-4,01
Chocolate e achocolatado em pó13,65Material hidráulico-3,63
Sal e condimentos12,79Papel higiênico-3,5
Produto para pele12,55Sapato feminino-3,29
Banana-d’água12,07Tinta-3,12
Bolo11,87Pneu-2,92
Óleos e gorduras11,68Cimento-2,89
Alimentação no domicílio11,3Serviço de higiene para animais-2,77
Serviços de streaming10,88Transporte escolar-2,72
Creche10,73Açúcar cristal-2,54
Curso de idioma10,63Ventilador-2,53
Móvel infantil10,55Hipotensor e hipocolesterolêmico-2,32
Chocolate em barra e bombom10,49Tratamento de animais (clínica)-2,31
Leite longa vida10,24Pão doce-2,23
Sopa desidratada10,24Desodorante-2,18
Vestido10,23Artigos de papelaria-2,13
Oftalmológico10,2Fralda descartável-2,1
Presunto9,91Macarrão-1,98
Vitamina e fortificante9,61Agasalho feminino-1,49
Gasolina9,43Emplacamento e licença-1,48

Inflação em Dezembro/24

Já o IPCA mensal, registrado no mês de dezembro de 2024, em Campo Grande, foi de 0,43% – mesma variação de dezembro de 2023 -, ficando abaixo do registrado em novembro (0,63%).

O grupo Alimentação e Bebidas apresentou o quarto aumento consecutivo em dezembro (1,36%). A alimentação no domicílio subiu 1,32%, influenciada pelas altas das carnes (5,73%), com destaque para contrafilé (9,24%), capa de filé (8,82%) e alcatra (6,64%), além do repolho (14,67%), da banana-d’água (10,95%) e do ovo de galinha (5,71%).

A alimentação fora do domicílio (1,49%) acelerou ante o mês anterior (1,07%), com a refeição (1,56%) sendo o subitem com a maior contribuição individual (0,05 p.p.), seguido do lanche com 1,56% de variação e 0,03 p.p. de contribuição.

O grupo Transportes teve aumento (0,38%), impactando em 0,08 p.p. no índice. A maior variação e o maior impacto (0,05 p.p.) vieram do subitem transporte por aplicativo (24,33%). O preço do etanol e da gasolina aumentaram em 0,70% e 0,50% respectivamente, porém, o primeiro tem acúmulo de aumento de 17,41% no ano e o segundo, 9,43%. O subitem pneu teve a maior queda (-1,60%), seguido de passagem aérea (-1,35%) e automóvel novo (0,72%).

No grupo Habitação (-0,52%), o resultado foi impactado pelo subitem energia elétrica
residencial, que caiu 2,02% em dezembro, segunda queda significativa desse subitem que em novembro registrou 3,20%. Além da energia elétrica residencial, se destacaram os subitens: sabão em barra (-2,93%) e cimento (1,42%). Os subitens que mais contribuíram no campo positivo, foram o sabão em pó (1,93%), a tinta (1,46%) e o gás
de botijão (0,93%).

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais (-0,18%), depois de uma estabilidade para o mês de novembro, fecha o ano com queda. Os subitens que mais contribuíram no lado das quedas foram o artigos de anti-inflamatório e antirreumático (-2,85%), o óculos de grau (-2,46%) e o desodorante (-2,41%). No lado oposto, as maiores altas vieram dos subitens artigos de maquiagem (3,34%), absorvente higiênico (1,75%) e neurológico (1,32%).

O grupo Despesas Pessoais (0,45%) manteve o valor positivo no ano, com destaque para as altas dos subitens alimento para animais (2,25%), cigarro (2,20%) e cinema, teatro e concertos (1,46%). No campo oposto, as maiores quedas vieram dos subitens tratamento de animais, hospedagem (-0,83%) e bicicleta (-0,40%).

O grupo Educação sofreu uma variação de 0,06% em dezembro, apresentando um pequeno aumento em relação a baixa de 0,02%. Variações mais notáveis foram vistas em alguns subitens em particular, como a autoescola (2,70%), livro não didático (2,16%) e caderno (1,57%).

O grupo Comunicação apresentou variação de 0,19% em dezembro, voltando a subir após o -0,26% observados em novembro, demonstrando um aumento nos preços dos subitens aparelho telefônico (2,04%), mas uma queda acentuada no plano de telefonia fixa (-6,48%).

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