O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresceu 0,36% em Campo Grande no mês de abril. O valor acumulado em 2024 chegou a 1,77%, abaixo da média nacional de 1,88%. O índice, que mede a inflação, apontou alta, principalmente, nos setores de Saúde e Cuidados Pessoais (0,95%) e Alimentação e Bebidas (0,53%).
Nos supermercados, alguns produtos tiveram um aumento significativo de preço, como é o caso do mamão, que subiu 31,37%. Cebola (17,05%), alho (15,45%) e tomate (12,17%) completam a lista dos maiores vilões.
A chefe de cozinha, Auzilei de Jesus, sente no bolso a elevação no preço de outros itens. “O arroz, o óleo. Os principais de alimentação da cesta básica. Subiu tudo”. A aposentada, Cleunice Ferreira, também reclama. “Tem que fazer milagre com o dinheiro né. Comprar o básico, o essencial […] Eu não como carne mais, é só ovo e frango”.
Para a pedagoga Fátima Ortiz, a solução está sendo trocar marcas e de produtos e deixar as “bobageiras” de lado. “Hoje em dia está difícil comprar um biscoito, um chocolate. A gente faz a opção pelo mais necessário”.
No setor de Saúde, os produtos farmacêuticos geram o maior impacto (3,43%). Os fármacos dermatológicos (6,67%) apresentam o maior índice, seguidos por medicamentos analgésicos e antitérmicos (4,87%) e hormonais (4,46%).
Segundo Letícia Delmondes, cozinheira, a situação já está complicada há algum tempo. “As coisas sobem muito. Além do que você ganha. Faz muitos anos que eu não consigo comprar remédio”.
ETANOL MAIS CARO
Dentro do setor de Transportes, os combustíveis também tiveram alta. O destaque negativo é o etanol, que ficou 5,8% mais caro. A gasolina também subiu e registrou 0,46% de aumento.