Veículos de Comunicação

EDUCAÇÃO

Inteligência artificial avança sobre a educação

Tecnologia não substitui afetividade da relação humana, avalia doutora em educação

Estudante confirma utilização de IA para pesquisa escolar - Foto: Reprodução/ EBA
Estudante confirma utilização de IA para pesquisa escolar - Foto: Reprodução/ EBA

A inteligência artificial (IA) chegou, e ao que parece, para ficar em todos os setores da vida humana: econômico, social, saúde e educação. Neste contexto social, o processo de formação dos estudantes, vem com uma preocupação: o uso da chamada IA no desenvolvimento de atividades, inclusive de textos dissertativos.

Formar alunos em tempos de ferramentas tecnológicas e inteligência artificial tem se tornado um desafio para professores e a toda a rede de ensino. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, 103.814 estavam matriculados no Ensino Médio em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, o estudante Guilherme Silveira confirmou que usa a IA na pesquisa e na criação de conteúdo.  

“Eventualmente eu uso o ChatGpt para algumas coisas geralmente para resumir conteúdos, coisas muito grandes, eu pesquiso em tópicos, ou pesquisas muito específicas, que teria que ficar um tempão pesquisando e para conferir se está tudo certo eu vou lá no Google novamente para ver se tá tudo certo e ver alguma coisa mais específica. De alguma forma pode atrapalhar o estudante se ele usar de muleta, então eu devo usar a inteligência artificial como uma ferramenta e não como o meu cérebro, não estender o comportamento da minha mente, para o meu aprendizado para um robô”, explicou o estudante.

Responsável pela preparação de estudantes para as provas de redação mais concorridas do país, como Enem e vestibulares, a professora Raquel Siufi, reconhece a transformação da educação com a disponibilidade da IA. Na Capital, diferente de outras cidades que já têm introduzido o uso da inteligência artificial de maneira incentivada, a professora disse que vê o movimento com timidez.

Doutora em Educação, Ângela Maria Costa, reconhece que a  interação do ser humano com a máquina está cada vez mais presente na vida das pessoas. Sobre a relação aluno professor, a especialista foi enfática ao afirmar que embora a tecnologia tenha ganhado espaço, nada substitui a sensibilidade e a interação entre pessoas. 

“O professor vai ser sempre necessário, do meu ponto de vista. Porque só ele consegue estabelecer uma relação de humano com humano. Então veja bem, o professor é um mentor, um orientador, um mentor do aprendizado, hoje ele orienta a caminhada ele não é mais o dono do saber a muito tempo. Então ele passa a ter um papel de mentor. A máquina não tem empatia, a compreensão com o outro, a compreensão emocional, este atendimento emocional que o professor tem com o aluno, isso não vai acabar, nem pode acabar, porque os professores se conecte com os alunos no nível mais humano”.

Acompanhe a reportagem completa: