As investigações que culminaram na prisão do ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto, e mais oito pessoas, entre elas, o empresário João Amorim, além de servidores do governo do Estado, apontam para um possível desvio de verba, que teria causado prejuízo no valor de R$ 2.962.136,00 aos cofres públicos, em razão do pagamento de obras não executadas em estradas estaduais, segundo informações do Ministério Público Estadual (MPE).
Esse, inclusive, foi o motivo que levou o MPE a instaurar o procedimento para investigar possível desvio de verbas públicas, que acabou resultando na Operação Lama Asfáltica, desencadeada neste ano, em parceria com a Polícia Federal e o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que fez devassa nos contratos de obras executadas pelo governo do Estado.
O resultado das investigações culminou no cumprimento de mandados de prisões temporárias, cumpridos nesta terça-feira, após decisão do juiz Carlos Alberto Garcete. Além de Giroto, tiveram a prisão temporária decretada: Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Elza Cristina Araújo dos Santos, o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira.
Os suspeitos foram levados para o Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras). As investigações são relativas à licitação que deu origem a um contrato com empresa Proteco, vencedora de licitação para executar obras de recuperação da estrutura da faixa de rolamento da rodovia MS-228, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagens, numa extensão de 42 km da rodovia, no município de Corumbá, segundo dados do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.