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Mercado Imobiliário

Investimento em imóveis segue em alta em Campo Grande

Falta de moradias no Centro impede desenvolvimento da região

Geraldo Paiva, presidente do Secovi e diretor da Financial Imobiliária - Foto: Duda Schindler/CBN-CG
Geraldo Paiva, presidente do Secovi e diretor da Financial Imobiliária - Foto: Duda Schindler/CBN-CG

As regras de uso de solo implementadas na década de 1980 em Campo Grande tinha como base a setorização de cada atividade. Onde existia serviços, não existia moradia, por exemplo. No entanto, esta ideia válida para época, hoje exige um alto custo como o desenvolvimento da região central da Capital.

O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi) e diretor da Financial Imobiliária, Geraldo Paiva, frisou que para devolver a ‘vida’ ao Centro é preciso repensar este conceito de organização da cidade.

“Em 1988, Campo Grande fez uma lei de uso de solo que foi bastante elogiada na época. E eu acho que a base de tudo, das qualidades que tem aqui vem dessa lei, que foi setorizar a cidade. Havia uma região industrial, havia uma região de serviços que era o Centro e havia regiões residenciais. Todos os esforços residenciais foram para lá, para industrial não poderia ter gente morando e o serviço era só serviço. Isso hoje está punindo a nossa cidade, porque o Centro deixou de ter residência. Por ter deixado de ter residência ele deixou de ter frequência de pessoas”.

Paiva falou sobre o movimento de crescimento do setor nos últimos três anos e de como o momento econômico do país, com alta de juros tem impactando o mercado imobiliário. Apesar da fase, ele acredita em um período de transição e aquecimento com incentivos financeiros para a aquisição de imóveis populares, como o Minha Casa Minha Vida.

Sobre a cultura empreendedora do brasileiro, Paiva reforçou que o imóvel continua sendo um investimento seguro. 

“O investimento imobiliário é cultural no nosso país. Eu vejo muitas pessoas de idade fazendo investimentos em imóveis de locação para complementar a renda de aposentadoria, então isso é um pouco cultural acredito que até do Brasil”. 

Ele ainda ressaltou o texto do plano diretor de Campo Grande, a possibilidade de tombamento histórico do Parque das Nações Indígenas e a importância de manter áreas verdes em novas construções. Acompanhe a entrevista completa.