Um trabalho que envolve investimentos de R$ 3,7 bilhões em logística para o transporte hidroviário de minérios de ferro e manganês pelos rios Paraná e Paraguai prevê potencializar esse setor logístico em Mato Grosso do Sul.
Nos próximos quatro anos serão construídos e entregues 400 balsas e 15 empurradores para renovar a frota de transporte hidroviário. As construções dessas estruturas vão acontecer em seis estaleiros localizados no Nordeste, Norte, Sul e Sudeste.
O projeto deve aumentar o escoamento de minérios de ferro e manganês em cerca de 6 milhões de toneladas por ano.
Esses investimentos estão direcionados para a LHG Logística Ltda, que fez a encomenda para a construção da nova frota naval. Os recursos são do Fundo da Marinha Mercante (FMM), por meio de financiamento realizado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Conforme o governo federal, esse recurso deverá impulsionar a movimentação de matérias-primas, como aço e manganês, além de fomentar a economia brasileira ao gerar empregos e desenvolvimento nas regiões.
“O Brasil hoje tem 12 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, com um potencial de 42 mil”, explicou o ministro Sílvio Costa Filho, dos Portos e Aeroportos.
A hidrovia também representa em impacto para mitigar os efeitos climáticos. Em tempos de COP30, que aconterá no Pará, em novembrode 2025, essas hidrovias representam a retirada de mais de 70 mil toneladas de CO2.
Os novos empreendimentos vão ampliar o escoamento de minérios e pretendem dar mais competitividade para o transporte dos minérios extraídos em Corumbá (MS) e carregados nas barcaças. A exportação desse material percorre mais de 2.500 km por hidrovias até atracar no terminal marítimo de Nova Palmira, no Uruguai.