O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), se posicionou nesta quarta-feira (27) sobre o confronto envolvendo a Polícia Militar e indígenas – que bloqueavam rodovias em Dourados, a 251 km de Campo Grande. A manifestação, iniciada há dois dias, é um protesto contra a falta de água nas Aldeias Bororó e Jaguapiru. Durante a ação policial, houve disparos e pelo menos uma pessoa ficou ferida.
Riedel ressaltou que foram liberados recursos para projetos estruturantes voltados a outras comunidades indígenas, incluindo a parceria com Itaipu, que destinará R$ 60 milhões para resolver a crise de abastecimento em oito aldeias do estado. No entanto, as comunidades de Dourados ficaram fora desse investimento.
“Ainda vamos buscar recursos com a bancada do próprio estado, com quem precisar para resolver o problema de forma definitiva. De maneira provisória, eles pediram caminhão-pipa e nós atendemos, pediram mais seis caminhões e foi dado”.
O governador destacou que o governo buscou diálogo com as lideranças indígenas durante esses dias, mas apontou interferências políticas como responsáveis pela manutenção dos bloqueios, mesmo após negociações e atendimentos a demandas iniciais. “O estado não pode ficar refém de interesses políticos dentro da comunidade indígena, que a gente respeita profundamente. O estado não pode tolerar uma paralisação que afeta o direito de ir e vir das pessoas e paralisa trabalhadores e o desenvolvimento”, afirmou.
Soluções
No início do ano houve uma reunião com o Governo Federal para buscar soluções definitivas para o problema crônico, que se arrasta há décadas, da falta de água nas aldeias indígenas do estado.
Na época, o vice-governador do estado, Barbosinha (PSD), disse que o governo do estado tinha a solução para o problema nas aldeias Bororó e Jaguapiru, e que o custo seria de R$ 44 milhões para a construção de mais poços, recuperação dos já existentes que permitirem nova intervenção e implantação de reservatórios apoiados para cada aldeia. No entanto, a conversa com o governo federal não avançou.
CLIQUE AQUI e entre no canal de notícias da CBN CG