O juiz Carlos Alberto Garcete decretou, na noite desta segunda-feira, a prisão temporária pelo prazo de cinco dias, do ex-deputado federal e ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, e de mais oito pessoas investigadas por participação em organização criminosa.
Além de Giroto, tiveram a prisão temporária decretada: Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Elza Cristina Araújo dos Santos, o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira.
Os suspeitos foram levados para o Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras).
As prisões são decorrentes de investigação realizada pelo Ministério Público Estadual, que resultou na Operação Lama Asfáltica, desencadeada neste ano, em parceria com a Polícia Federal e o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que fez devassa nos contratos de obras executadas pelo governo do Estado.
As investigações são relativas à licitação que deu origem a um contrato com empresa Proteco, vencedora de licitação para executar obras de recuperação da estrutura da faixa de rolamento da rodovia MS-228, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagens, numa extensão de 42 km da rodovia, no município de Corumbá, segundo dados do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.
Em sua decisão, o magistrado entendeu que o material apresentado pelo Ministério Público justifica a medida pleiteada. “Há farta documentação a indicar, prima facie, que, possivelmente, consolidou-se uma organização criminosa com objetivo de auferir vantagens ilícitas em contratos administrativos de obras e serviços com o Estado de Mato Grosso do Sul, consistente em falsificações de medições e outras ações escusas que objetiva receber por serviços não realizados ou realizados de forma insuficiente”, destacou Garcete.
Ainda de acordo com a decisão, a prisão temporária é fundamental, neste momento, para a conclusão das investigações. Essa investigação culminou, inclusive, com a exoneração de Giroto, do cargo de assessor especial do Ministério dos Transportes.