A rádio CBN Campo Grande recebeu, nesta quinta-feira (27), o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Humberto César Mota Maciel, para uma entrevista sobre ações desenvolvidas pelo órgão em Mato Grosso do Sul. Segundo Maciel, há dois anos, quando assumiu o cargo, era grande a tensão no campo, principalmente, por conta do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“O Incra não tinha o 'braço operativo' que tinha, anteriormente, no campo. E fomos para o diálogo com os movimentos sociais. Hoje, temos 26 desses movimentos constituídos na luta pela reforma agrária”, explica.
Para o superintendente, as articulações com os movimentos sociais e vistorias realizadas em 70% do Estado permitiram aliviar a tensão. “Esse fato de abrir a possibilidade de novamente fazer vistoria e fazer o que o Incra tem que fazer, que é a fiscalização do cumprimento da função social da terra, já aliviou a tensão no campo. Tivemos poucas ocupações de prédios públicos, de rodovias e de propriedades rurais. Acho que a gente conseguiu, nesses dois anos e meio, dar uma tranquilizada no campo”.
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Créditos
Em 2018, R$ 6 milhões foram aplicados em assentamentos de Mato Grosso do Sul. Para 2019, a expectativa é de que mais investimentos sejam liberados. “Apesar do estado ter seu último assentamento há oito anos, ainda temos muito crédito para aplicar. A gente vai ao campo, faz a fiscalização, assina o contrato com o assentado e mandamos para Brasília e o Banco do Brasil”.
Titulações
Segundo dados do Incra, Mato Grosso do Sul possui 27,7 mil assentados distribuídos em 204 assentamentos. Do total de assentados, 10,6 mil receberam este ano o Contrato de Concessão de Uso, que transfere o imóvel rural para o beneficiário da reforma agrária de forma definitiva.
