Esporte e inclusão estão juntos na 1ª Corrida Unimed, que foi realizada no último sábado (27) com largada próxima ao Parque das Nações Indígenas em Campo Grande. O evento faz parte da celebração de 50 anos da cooperativa e contou com mais de 1.100 participantes.
Além do clima de competição, a Unimed preparou o evento com um local para toda a família, por lá havia praça de alimentação, apresentações musicais, tendas de diversos segmentos e acompanhamento de profissionais da saúde.
A corrida já estava programada para acontecer há muito tempo, desde 2019, e agora faz parte do calendário anual da Unimed CG, segundo coordenadora de Comunicação e Marketing da cooperativa, Fabiana Perin.
"Bem antes da pandemia nós já começamos a crescer os eventos, trazendo principalmente o movimento "mude um hábito", com a mudança de vida, de alimentação e exercícios. E o período pós pandemia nós conseguimos fazer a corrida, para juntar todos, juntar a comunidade, juntar quem pratica e quem não pratica o esporte, para vir, conhecer e se incentivar", afirma Perin.
A inclusão foi um dos principais temas do evento. A competição contou com três categorias: caminhada (2km), onde os pets participaram utilizando guia ou no colo de seus tutores durante o trajeto, corrida (5km e 10km) e infantil (500m).
A presidente da Associação Campo-Grandense Paradesportiva Driblando as Diferenças (ADD.MS), Marli Cassole, destacou a importância da inclusão em eventos como esse e aproveitou a oportunidade para participar da caminhada de 5km.
"Com corrida pra pet e para crianças, achei o evento de uma inclusão sensacional. Muito legal a ADD ter sido chamada desde o começo para somar, pra nós, estar aqui é de uma simbologia muito grande, primeiro porque nós temos todas as deficiências na ADD, de todos os graus, então você ter um atleta que vai correr, mas ter também o cadeirante, que mesmo em sua maior limitação motora, se sinta parte, é muito importante", conta a presidente.
O professor de educação física, Wilson Pereira, foi uma das pessoas que levou toda família para participar da corrida e acha muito importante a mudança de hábitos. "Vim com a minha esposa e com a minha filha e deu pra perceber que o principal aqui é a promoção da saúde, trazer as pessoas, lembrando que a atividade física é o melhor tipo de remédio para qualquer problema".
O esporte faz parte da vida dos amigos Basílio Santana, de 79 anos, e Monez Padilha, de 72 anos. Eles contam que sempre esperam esse tipo de evento em Campo Grande para participarem e que, além de cuidarem da saúde, também apreciam a rivalidade na corrida.
"Eu já sou oito vezes campeão em Cuiabá e gosto muito quando esses eventos são feitos aqui em Campo Grande, é bom pra saúde. Vou tentar brigar pelas primeiras colocações, apesar da concorrência ser forte, como o meu amigo Monez", conta Basílio.
"Eu participo de todas as corridas de Campo Grande e não perco uma, e não tem coisa melhor do que esse evento pra nós, a minha vida é a corrida aos 51 anos, eu durmo pensando na corrida e acordo pensando na corrida […] O Basílio é um forte concorrente, dá muito trabalho, já perdi algumas, mas também já ganhei algumas dele, vamos ver quem vai se sair melhor hoje", brinca Monez.
A corrida também é a parceira de vida da Maria Aparecida Barbosa, de 68 anos. Ela conta que conheceu o esporte só após uma desilusão amorosa aos 40 anos, e o tempo que antes era dedicado ao crochê e ao marido, virou tempo de treino e cuidados com a saúde.
"Eu conheci o esporte depois do meu casamento, quando eu pensei o que eu poderia fazer sozinha, meu irmão me apresentou a corrida. Para mim foi ótima a separação, porque eu casei com o esporte, eu viajo, eu não sou presa, eu subo no pódio, difícil voltar de mãos vazia, sempre brigo por título”, relembra dona Cida.
Confia imagens e mais informações de como foi o evento: