O mês de fevereiro recebe a cor laranja para alertar sobre a leucemia. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, entre 2023 e 2025, o Brasil terá 11.540 novos casos da doença por ano.
De acordo com a hematologista, Eveny Cristine Luna de Oliveira, entre os sintomas da doença estão o sangramento e as manchas roxas pelo corpo.
“Essas doenças levam a uma dificuldade de proliferação das células normais da medula óssea. O que acontece é que há diminuição, por exemplo, da produção de hemácias, levando a quadros de anemia ou alterações associadas a plaquetas baixas, porque também há uma redução na produção na medula. Em relação à anemia, a pessoa terá sintomas inespecíficos, como fraqueza, cansaço e palidez de mucosas. Já com as plaquetas baixas, a pessoa normalmente manifesta sangramentos, manchas roxas no corpo, e, é claro, esses não são os únicos sintomas”, descreveu.
A doença pode atingir homens e mulheres em qualquer faixa etária. No entanto, segundo a médica, os homens acabam liderando as estatísticas quando o assunto é leucemia.
“O predomínio é maior em homens. A leucemia normalmente tem fatores externos relacionados à predisposição. Então, por exemplo, exposição ao benzeno, à radiação, a alguns vírus, como o HTLV, e a pesticidas. Essa questão da exposição talvez seja um pouco mais intensa para os homens devido ao trabalho”.
Conforme a médica, a doença costuma ocorrer com maior incidência em duas faixas etárias: na infância e na terceira idade.
“O pico na infância é entre 2 e 5 anos. Em primeiro lugar, há o acometimento de crianças, e depois há um pico em idosos, que também apresentam uma certa incidência de leucemias agudas, mas com um aumento significativo das leucemias crônicas. Na infância, a predominância é das leucemias agudas”, frisou.
Durante a entrevista ao Jornal CBN Campo Grande, nesta quinta-feira (6), a médica falou sobre o tratamento e as chances de cura da doença.